Manifestantes prometem 'colheraço' em placas de aço em Brasília
Grupos pró-impeachment convocaram manifestantes a vestirem preto, em vez de verde e amarelo, e a levarem colheres de pau à Esplanada dos Ministérios hoje, onde a presidente Dilma Rousseff assistirá ao desfile de Sete de Setembro, para fazer um "colheraço" nas placas de aço instaladas para isolar autoridades. Dilma evitou gravar pronunciamento em cadeia de rádio e TV pelo Dia da Independência e uma fala deverá ser divulgada apenas na internet.
As ações programadas na Esplanada devem concentrar a maior parte dos protestos. Ao menos sete carros de som deverão ser usados. O boneco inflável que retrata o ex-presidente Lula como presidiário, o Pixuleco, chegou, remendado, à capital federal, depois de circular por Curitiba e São Paulo, onde foi "esfaqueado" por uma simpatizante petista. Foram fabricadas mil réplicas em tamanho reduzido do boneco que serão vendidas no local.
A concentração será às 8 horas em frente ao Museu da República, mas os manifestantes só terão acesso ao gramado da Esplanada após o fim do desfile oficial, marcado para começar às 8h45. Forte esquema de segurança foi montado e revistas serão feitas em vários pontos para impedir que faixa e cartazes cheguem ao palanque presidencial. Cerca de 25 mil pessoas são esperadas para acompanhar o desfile. Dilma chegará ao local em carro aberto. A Secretaria de Comunicação Social informou que o custo do desfile este ano foi de R$ 830 mil. No ano passado, com a mesma estrutura, R$ 1,18 milhão foi gasto.
'Grito dos Excluídos'
As cidades de São Paulo e Aparecida devem receber hoje a maior concentração de manifestantes do Grito dos Excluídos - cerca de 10 mil pessoas. A 21.ª edição do evento, organizada pela Pastoral Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e por movimentos sociais, terá atos em pelo menos 25 Estados. Em São Paulo, manifestantes vão sair da Avenida Paulista e seguirão, em marcha, até o Monumento às Bandeiras, no Ibirapuera. O ato vai defender o mandato de Dilma e a saída do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), além de mudanças na política econômica.
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