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PDT decidiu ficar no governo e não fazer o jogo de sectários, diz Manoel Dias

Do Rio

24/09/2015 18h27

Diante das especulações sobre a reforma ministerial do governo, o ministro Manoel Dias (PDT) confirmou as negociações com a presidente Dilma Rousseff para a fusão dos ministérios do Trabalho e da Previdência e indicou que o PDT terá apenas uma pasta na Esplanada dos Ministérios. Segundo o ministro, o partido decidiu permanecer no governo, mas "independentemente" da permanência, apoiará a presidente "para garantir o processo democrático".

"PDT está conversando com a presidente Dilma e tomou a decisão de permanecer no governo. No momento em que estamos vivendo não há como fragilizar um governo e fazer o jogo de setores sectários da direita que querem romper com o processo democrático", afirmou o ministro, após inaugurar um posto de atendimento no Rio. "Quem perdeu pode se manifestar. Se quiser fazer panelaço, faça. Mas não pode interromper o processo democrático que elege presidentes de quatro em quatro anos", afirmou. "Aqueles que não querem aceitar o resultado, se preparem para disputar as eleições de 2018. Quem ganha governa, quem não ganha fiscaliza", argumentou.

Dias sinalizou ainda que poderá deixar o Ministério, mas ressaltou que quem decide sobre sua permanência é o partido. "O PDT terá apenas um ministério, se não for do Trabalho, será outro que ela determinar", disse o ministro, que não quis detalhar nomes cotados para assumir o ministério das Comunicações, que foi oferecido ao partido pela presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, a decisão final sobre a participação do partido será definida após a viagem da presidente aos Estados Unidos.

O ministro disse que o PDT tem preferência em permanecer com a pasta do Trabalho,"o ministério que mais tem agenda positiva". "Nossa preferência seria pelo Trabalho, do ponto de vista político, ideológico, programático, histórico."

Ele confirmou que está sendo discutida a fusão com a Previdência e disse que se trata de dois ministérios muito fortes, muito grandes. "Por três vezes se fez essa junção e da última durou seis meses. São ministérios que mais têm postos de atendimento pelo Brasil afora, então crescer demais pode prejudicar o atendimento na ponta", disse.

Dias ainda defendeu que o PDT lance candidatura própria para a presidência em 2018. "É desejo do partido e um dever de propor um modelo de país que nós sonhamos. Podemos ser em 2018 a grande alternativa do campo popular. Mas é importante construir uma proposta que possa emocionar a população. Ciro Gomes hoje é o nome mais representativo", afirmou.