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Ciclovia no Rio ganha adeptos antes de abrir

No Rio

16/01/2016 09h01

Cariocas e turistas não esperaram para estrear a ciclovia da Avenida Niemeyer, ligação litorânea entre os bairros do Leblon e São Conrado, na zona sul carioca. Como se fosse rotina, a pista já é usada há dias por ciclistas e pedestres, embora a inauguração formal esteja marcada para amanhã. Foram inúteis as placas de acesso proibido e as pedras para impedir a entrada e o trânsito de invasores. Ao longo da última semana de obras, cidadãos a pé e de bicicleta dividiram a pista com operários.

"Estou publicando no Facebook para os meus amigos verem como o visual está bonito", disse a designer Elaine Mendes, que mora em São Conrado e trabalha no centro. Na semana passada, ela fazia selfies nos intervalos da corrida pela pista, que será compartilhada por pessoas a pé e de bicicleta.

A via fará parte do "Complexo Cicloviário Tim Maia", batizado em homenagem ao cantor e compositor, que ligará o Leblon à Barra da Tijuca, na zona oeste, com 7 km de extensão. A intenção da prefeitura é que a orla do Rio seja coberta pela ciclovia do "Leme ao Pontal" (referência ao sucesso do cantor) até o fim deste semestre.

Outro que já aproveitava a ciclovia antes da inauguração era o barraqueiro de praia Cícero Pedro da Silva, de 63 anos. Na quarta, ele usava a pista para ir de bicicleta de sua casa, na Rocinha (São Conrado), ao trabalho, na orla da zona sul. "Faço tudo de bicicleta", disse.

Com 3,9 mil metros de extensão e 2,5 de largura, a ciclovia da Niemeyer se debruça sobre o mar e dá acesso a uma vista de cartão-postal. A previsão da Geo-Rio, empresa municipal que cuida da obra, é que atenda 70 mil pessoas por dia. A construção começou em junho de 2014, ao custo de R$ 44,7 milhões. A expectativa é de que, até o fim do ano, a malha cicloviária chegue a 450 km.

Maresia

Antes mesmo da inauguração, porém, já podem ser notadas marcas de ferrugem nas peças de ferro que prendem as grades na pista. O desgaste é provocado pela maresia. A Secretaria Municipal de Obras informou que a Fundação Geo-Rio divulgou que "o material usado no guarda-corpo da ciclovia é um aço especial, adequado para ambiente com alta maresia". Mas reconheceu que há danos.

"Os locais já atingidos pela ação da natureza estão recebendo reparos e não comprometem a integridade da via. Vale ressaltar que a área receberá manutenção rotineira", informou a secretaria, em nota. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.