Estado de São Paulo tem 109 registros de má-formação
O número é quase três vezes maior do que a média de casos registrados anualmente em São Paulo (40), mas, segundo a secretaria, a comparação não pode ser feita porque, antes de novembro, a microcefalia não era de notificação obrigatória.
A diferença dos números que chegam ao ministério e o total registrado no Estado se dá porque a secretaria não segue recomendação do governo federal de reportar todos os casos ao sistema de Registro de Eventos em Saúde Pública (Resp), criado após o início do surto de microcefalia com o objetivo de acompanhar os casos. Antes da criação do Resp, em novembro, os registros eram feitos pelo Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), sem especificação de causa.
Com a suspeita de que o zika vírus esteja causando o surto, o Ministério da Saúde emitiu recomendação para as secretarias estaduais de Saúde do País notificarem, pelo Resp, todos os casos de microcefalia com alguma suspeita de ligação com o zika ou cuja provável causa não pudesse ser apontada.
Desde o início do surto de microcefalia, no entanto, há polêmica sobre a forma que São Paulo tem notificado seus casos. Em dezembro, reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostrou que, embora ao menos 18 registros estivessem em investigação em municípios paulistas, São Paulo aparecia sem nenhum caso no boletim. Naquela semana, o secretário da Saúde, David Uip, havia dito que só notificaria os casos que tivessem a relação com o zika confirmada, mas admitiu que não existiam técnicas para detecção rápida.
A secretaria afirma que somente os 18 casos reportados ao Resp têm indícios de ligação com o zika vírus e que, por isso, os demais não foram informados por meio desse sistema, e, sim, pelo Sinasc. Diz ainda que "São Paulo tem feito um trabalho de busca ativa de casos e criteriosa investigação epidemiológica".
Reportagem de ontem do jornal El País aponta, com base em dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, que em 2015 foram 210 registros de microcefalia no Estado, dado não confirmado pelo ministério nem pela secretaria.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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