Rossetto diz que não há antagonismo no governo sobre Previdência
O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, negou que dentro do governo haja visões antagônicas sobre a reforma previdenciária. Internamente, Rossetto e o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, têm apresentado opiniões divergentes sobre o tema.
"Não há antagonismo, há uma soma de opiniões positivas", avaliou, em coletiva de imprensa após o Fórum de Debates sobre Emprego, Trabalho e Renda e Previdência Social. Segundo ele, foi estabelecida uma agenda de discussões sobre o tema para os próximos 60 dias. A ideia é que o governo apresente uma proposta fechada de reforma ao Congresso no mês de maio. "Método de debate com prazo estabelecido é muito positivo num ambiente democrático", afirmou.
De acordo com Rossetto, o governo não irá impor nenhuma ideia e está aberto ao diálogo. Ele ressaltou que o governo ainda não tem posição fechada sobre o tema, como as definições de uma idade mínima ou o nivelamento de aposentadorias de homens e mulheres.
O ministro afirmou ainda que as mudanças não teriam impacto fiscal no curto prazo e os direitos adquiridos seriam assegurados. "Queremos mudanças corretas. Buscamos uma agenda correta, orientada pela manutenção de um modelo solidário, inclusivo e sustentável".
No debate apresentado pelo governo, foram propostos sete temas, colocados como prioridades: Demografia e idade média das aposentadorias; financiamento da Previdência; diferença de regras entre homens e mulheres; pensões por morte; Previdência rural; regimes próprios de Previdência; e convergência dos sistemas previdenciários.
CPMF
Miguel Rossetto afirmou ainda que o governo está "seguro" e "confiante" na aprovação da CPMF. "No curto prazo é muito importante a aprovação da CPMF, o governo está trabalhando, as lideranças estão trabalhando e nós estamos seguros e confiantes na aprovação da CPMF", disse.
Rossetto destacou que a CPMF é um imposto que atinge também atividades informais e é fundamental para equilíbrio da Previdência e da Saúde nos Estados e municípios. Segundo o ministro, além da CPMF, compõem a agenda do governo a "recuperação do crescimento econômico e controle dos gastos". "Não há descontrole nas despesas", afirmou.
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