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Para dirigente do PT, 'há algo de espetaculoso' na decisão de prender marqueteiro

22/02/2016 15h49

São Paulo - O presidente do diretório estadual do PT, Emídio de Souza, disse nesta segunda-feira, 22, que há algo de "espetaculoso" na decisão o juiz federal Sergio Moro de decretar a prisão do publicitário João Santana no âmbito da 23ª fase da Operação Lava Jato.

"Ele (Santana) disse que estaria de volta ao Brasil nas próximas horas. Mesmo assim o juiz mandou a Interpol trazê-lo. Há algo de espetaculoso nisso", afirmou o petista, que participa de uma solenidade do Ministério da Saúde, em São Paulo, na qual será anunciado investimento de R$ 100 milhões para produção de vacina contra a dengue. A presidente Dilma Rousseff e outras autoridades federais marcarão presença no evento.

Emídio reclamou que as partes acusadas na Lava Jato não têm acesso ao processo. "Ele (Moro) trabalha para prender", afirmou o dirigente petista.

O presidente do PT também cobrou que Moro aja com o PSDB "com o mesmo rigor que tem tido contra o PT".

"Nós insistimos que isso também aconteça com os demais. Há notícias de que foram feitas remessas de dinheiro para o exterior por meio de empresas que são denunciadas como pagantes da ex-amante do ex-presidente FHC. São coisas que precisam ser apuradas", afirmou Emídio.

Ele disse ainda que não acredita que a prisão de Santana reforçará a tese da oposição no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O PSDB entrou com pedido de cassação da chapa de Dilma no TSE sob acusação de crime eleitoral e abuso do poder na campanha presidencial de 2014.