Para oposição, rebaixamento pela Moody's reforça necessidade de saída de Dilma
A Moody's cortou a nota do País em dois graus, para Ba2, com perspectiva negativa. No comunicado, a agência diz que a decisão foi motivada, entre outras razões, pela "dinâmica política desafiadora", que continua a complicar os esforços de consolidação fiscal do governo e a atrasar as chamadas reformas estruturantes.
Para o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), a decisão mostra que o Brasil não tem perspectiva. Para ele, o projeto da presidente Dilma Rousseff é se manter no poder e as agências percebem esse movimento. "É o pior sinal possível e, ao contrário do que o PT gosta de afirmar, a responsabilidade por mais esse rebaixamento é exclusivo do governo brasileiro, dos inúmeros equívocos do governo do PT", disse Aécio, ao destacar que a decisão não decorre de qualquer crise internacional porque ela "não existe".
Para o tucano, mesmo em um presidencialismo forte como o brasileiro, o Executivo não tem mais perspectiva de apresentar e aprovar no Congresso uma agenda por não conseguir mobilizar sua base em favor de reformas estruturantes. Ele disse que a oposição continuará na mesma estratégia que vem adotando, ou seja, se a matéria em debate for de interesse do País, contará com seu apoio.
"Enquanto tivermos um governo sem autoridade, sem projeto, sem coragem para enfrentar as questões estruturantes, o Brasil ficará no final da fila como estamos vendo", criticou.
Na mesma linha, o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), afirmou que a presidente Dilma fez o Brasil receber o selo de caloteiro. "A superação dessa crise só se dará com a saída dela do governo", disse . "Hoje ela não tem mais nenhuma credibilidade para aprovar um ajuste fiscal no Congresso." Para o parlamentar paranaense, só um novo governo, de aliança nacional, pode promover uma "virada" no País.
Para o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), o rebaixamento reflete a situação "calamitosa" das contas públicas do Brasil, "destroçadas pelos repetidos erros deste governo e pela gastança pré-eleitoral, quando os petistas fizeram de tudo para poder se perpetuar no poder". "Isso ratifica a percepção de que a situação fiscal do País é dramática. Se Dilma continuar no poder, o País vai continuar ladeira abaixo".
O presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP), avaliou que a crise institucional pela qual o Brasil passa é o principal motivo do terceiro rebaixamento do País pela Moody's. "A agência classifica o governo brasileiro como caloteiro, e é isso que são mesmo. O PT está em crise institucional, com suas principais lideranças políticas na cadeia", disse.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.