Dinheiro público não pode acabar em 'muquifo', diz Dilma em evento do Minha Casa
"Nós temos orgulho de subsidiar porque sabemos que a conta do bolso do trabalhador e trabalhadora brasileira, dos quilombolas, dos extrativistas, a conta não fecha se o governo não for capaz de devolver recursos tributários para garantir a melhoria das condições de vida", afirmou.
A presidente Dilma afirmou que mesmo diante das "dificuldades públicas e notórias" da economia, o governo optou em não cortar os programas socais porque é preciso enfrentar um "passivo histórico" de "desigualdade imensa" no País.
A presidente começou o discurso exaltando o Minha Casa Minha Vida com a afirmação de que só o governo dela e do antecessor, ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foram capazes de implementar um programa habitacional que garantisse a milhões de brasileiros o sonho da casa própria. "Lançamos o programa para enfrentar a crise em 2009 e de outro pela absoluta consciência que a questão da casa própria era uma das reivindicações mais importantes dos movimentos sociais", afirmou.
Subsídios
A presidente Dilma disse que o Minha Casa não tem condições de rodar sem os subsídios. "Esse programa não tem solução de mercado. Implica uso de tributos para assegurar que milhões de brasileiros tenham acesso à casa própria. Aqueles que acham que um programa desses pode ser resolvido puro e simplesmente por mecanismos de mercado esquecem que há uma diferença de renda brutal no País e que é nosso papel resolvê-lo", afirmou.
Segundo ela, a terceira etapa do programa será "instrumento de recuperação da economia brasileira", ao impulsionar o setor da construção civil, com a geração de novos empregos. "Sem estabilidade política, não chegaremos lá", disse. "Aqueles que querem interromper um legitimadamente eleito vão ser responsáveis por retardar a retomada do crescimento econômico e do emprego", completou Dilma, referindo-se ao processo de impeachment que enfrenta.
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