Temer vai intensificar corpo a corpo com os ministros do PMDB
Na reta final da briga pela aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara, o vice-presidente Michel Temer decidiu tentar mais uma vez unificar o PMDB em torno do afastamento da petista. Caso isso ocorra, Temer assumirá a Presidência.
O vice esteve nesta segunda-feira (11), no Rio de Janeiro e se reuniu com o presidente estadual da legenda, Jorge Picciani, ocasião em que avaliou o atual cenário. No encontro o dirigente fluminense reforçou que a posição da bancada é majoritariamente a favor da saída de Dilma. "O que existe é recomendação pelo impeachment e tentativa de convencimento (dos ainda resistentes). Estamos muito próximos de unificar a bancada no Rio", afirmou Picciani, que é pai de Leonardo Picciani, líder do PMDB governista.
Além das conversas com os dirigentes do partido, Temer pretende intensificar o corpo a corpo com os ministros do PMDB, até o dia da votação do impeachment, prevista para começar na sexta-feira no plenário da Câmara.
Até lá um dos focos principais do vice será o de tentar convencer os seis ministros da legenda, que têm permanecido ao lado de Dilma, mesmo após a decisão do diretório nacional pelo rompimento com o governo. "Quer argumento maior de que se houver impeachment, o presidente da República será o presidente do PMDB? Qual argumento se sobrepõe a isso?", ponderou um integrantes da cúpula do PMDB envolvido nas negociações.
A legenda comanda as pastas de Minas e Energia, Agricultura, Saúde, Ciência e Tecnologia, Aviação Civil e Portos. Nas conversas com os ministros não está excluída nem a possibilidade de oferecer a manutenção nos cargos e uma punição mais branda no Conselho de Ética do partido como a "advertência", em vez da expulsão.
Na semana passada, o presidente em exercício do PMDB, senador Romero Jucá (RR), encaminhou representações que pedem a expulsão de Kátia Abreu (Agricultura) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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