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Secretário de SP diz que Base Nacional 'restabelecerá federalismo' no País

Nesta quarta e quinta, educadores de São Paulo discutem e analisam a segunda versão da Base Nacional Comum Curricular para encaminhar suas sugestões de alteração - Diogo Moreira/A2/img/Divulgação
Nesta quarta e quinta, educadores de São Paulo discutem e analisam a segunda versão da Base Nacional Comum Curricular para encaminhar suas sugestões de alteração Imagem: Diogo Moreira/A2/img/Divulgação

Em São Paulo

27/07/2016 14h26

O secretário estadual da educação de São Paulo, José Renato Nalini, disse nesta quarta-feira (27) que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) vai "restabelecer o federalismo" no Brasil. A base, que está sendo discutida hoje por professores das redes estadual, municipal e particular de São Paulo, estabelece um conteúdo mínimo obrigatório nas escolas, que deve abranger 60% da grade programática. Os 40% restantes devem ser completados por Estados e municípios.

"A BNCC não irá sacrificar uma ideia, que foi aparentemente negligenciada nos últimos anos, que é a fisionomia e a formatação federativa do Brasil", disse Nalini. "Vamos poder incluir nos planos de educação o que é próprio, típico e não pode ser olvidado em determinadas regiões e municípios."

Nesta quarta e quinta-feira, 28, os educadores de São Paulo discutem e analisam a segunda versão da BNCC para encaminhar suas sugestões de alteração ao documento. As discussões nos Estados e municípios devem seguir até o fim de agosto, quando as sugestões serão encaminhadas para o MEC (Ministério da Educação . A previsão é ter uma versão final consolidada até novembro.

"A BNCC é um exercício de democracia, todos temos que participar de sua elaboração. Mas a base não termina com a sua elaboração, é aí que ela começa, com o trabalho de implementá-la em todas as escolas", disse o secretário aos professores.

As redes estaduais e municipais terão um prazo para adequar os próprios currículos e livros didáticos. O seminário de discussão em São Paulo conta com a participação de 243 educadores, sendo 14% deles da educação infantil, 42% do ensino fundamental e 32% do médio.