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Freixo diz que não quer 'guerra santa' no 2º turno contra Crivella

Marcelo Freixo participou de reunião com aliados nesta segunda-feira (3), após avançar para o 2º turno - FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO
Marcelo Freixo participou de reunião com aliados nesta segunda-feira (3), após avançar para o 2º turno Imagem: FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO

Da Agência Estado

Em São PAulo

03/10/2016 12h43

O candidato Marcelo Freixo (PSOL) afirmou nesta segunda-feira (03) que não quer fazer uma "guerra santa " ou "cruzada religiosa" na disputa pelo segundo turno com Marcelo Crivella (PRB), que é bispo da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). Ambos foram os mais votados na apuração de domingo para a prefeitura do Rio de Janeiro. A jornalistas, contou que o adversário do segundo turno ligou para ele assim que saiu a pesquisa de boca de urna, parabenizando-o. Além disso, Crivella teria dito para Freixo, em tom de brincadeira: "derrotamos o PMDB".

O postulante do PSOL promoveu a sua primeira reunião de campanha após o primeiro turno às 9 horas desta segunda-feira, na Glória, zona sul do Rio.

"O segundo turno começa do zero a zero. Será uma batalha entre programas. Vou estudar o do Crivella, que é pequeno. Mas não vou fazer uma cruzada religiosa, uma guerra santa. Temos a nossa preocupação com o estado laico e achamos que o papel da política é um, e o da religião é outro", afirmou o candidato.

Freixo também disse que vai conversar com adversários do primeiro turno Carlos Osório (PSDB) e Indio da Costa (PSD). Porém, voltou a declarar que não pedirá apoio ao candidato do PMDB, Pedro Paulo, nem a Flávio Bolsonaro (PSC).

"Vou apresentar o meu programa a Indio e Osório para que eles possam migrar para a gente. Com o PMDB não, porque temos propostas de governo muito distintas", comentou.

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Apesar de não querer conversar com Bolsonaro, Freixo estima que muitos votos do candidato do PSC possam migrar para ele. "Não vou conseguir das pessoas de extrema direita, mas eleitores que votaram no Bolsonaro pensando na ética podem votar em mim", disse.

O candidato também afirmou que pretende fazer campanha na zona oeste, onde há áreas dominadas por milícias, grupos que combateu como deputado na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). "Em Rio da Pedras, que tem milícia, fui o mais votado. É sintomático. Jamais vou me curvar a nenhum grupo miliciano. Mas é claro que a campanha requer cuidados", comentou.

O parlamentar voltou a exaltar a sua vitória em cima do PMDB, do prefeito Eduardo Paes. "É uma frustração para o PMDB ter perdido nessas condições para mim, que tinha apenas 11 segundos de propaganda e poucos recursos. É uma derrota histórica para o PMDB e vitória para a gente. Tivemos muitos votos na zona sul, que já era esperado, mas também na zona norte. Isso que fez a gente ganhar", afirmou.