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Elefantas voltam à natureza em MT e inauguram 1º santuário na América Latina

Maia (esq.) e Guida em seu novo lar, na Chapada dos Guimarães - Reprodução/Facebook.com
Maia (esq.) e Guida em seu novo lar, na Chapada dos Guimarães Imagem: Reprodução/Facebook.com

14/10/2016 10h14

Duas elefantas que antes eram atração de circos voltaram à natureza nesta quinta-feira (13) em Mato Grosso. Elas inauguraram o primeiro santuário de elefantes da América Latina, localizado na Chapada dos Guimarães, a 65 quilômetros de Cuiabá.

Maia e Guida chegaram ao santuário na terça-feira, 11, e passaram dois dias no Centro de Tratamento Médico. Nesta quinta, elas foram liberadas da área limitada e brincaram com a terra e tomaram banho com as trombas.

As duas elefantas foram confiscadas de um circo na Bahia e viviam há seis anos em Paraguaçu, no sul de Minas Gerais. Maia, que tem cerca de 44 anos, e Guida, de 42 anos, terão cuidado de veterinários. "Sociedades ao redor do mundo estão começando a perceber a traumas que causaram esses animais", disse Scott Blais, um americano que já havia colaborado com uma iniciativa parecida nos Estados Unidos e ajudou a fundar o santuário.

Blais e sua esposa estão há dois anos no Brasil, devido à grande quantidade de terra e a necessidade de encontrar um lugar para elefantes na América Latina. Há uma estimativa de que mais de 50 elefantes que vivem cativeiros na América do Sul possam habitar o local.

A fazenda, de 1,1 mil hectares, foi adquirida por meio de doações de organizações internacionais especificamente para abrigar elefantes. O espaço passa a receber animais resgatados em situação de risco e oferecerá os cuidados necessários para que possam se recuperar física e emocionalmente da vida em cativeiro. No momento, as elefantas terão acesso a uma área de meio hectare, enquanto não é estruturada a segundo parte.

No santuário, haverá câmeras que permitirão a cientistas e curiosos observar os animais sem importuná-los. Especialistas dizem que os elefantes não sobreviveriam se soltos em sua terra-natal, no caso na Ásia, já que passaram a vida inteira em cativeiro. Para resolver o problema, santuários já foram criados nos Estados Unidos, na Tailândia, na Malásia e, agora, no Brasil. (Com informações da Associated Press)