Lava Jato foi tema de debate de candidatos em Fortaleza
A Operação Lava Jato foi tema do último debate entre os candidatos a prefeito de Fortaleza na noite desta sexta-feira, 28. Em segundo lugar nas pesquisas, o deputado estadual Capitão Wagner (PR) levantou suspeitas sobre a relação do atual prefeito da cidade, Roberto Cláudio (PDT), que tenta reeleição, com a construtora Ferreira Guedes, uma das empresas investigadas pela operação.
No último bloco do debate promovido pela TV Verdes Mares, afiliada da TV Globo no Ceará, Wagner afirmou que a construtora fez doações para a primeira campanha de Roberto Cláudio a prefeito, em 2012. O candidato do PR disse ainda que o diretor da construtora Erasto Messias Júnior assinou contratos com a Prefeitura de Fortaleza três meses antes de ser preso na 31ª fase da Lava Jato, em julho deste ano.
O atual prefeito reagiu à insinuação. Líder das pesquisas de intenção de voto, Roberto Cláudio prometeu acionar Wagner na Justiça por levantar a suspeição. "Estou há 10 anos na vida pública e não cabe sobre mim nenhuma denúncia", disse. Após o debate, o pedetista afirmou também, por meio de sua assessoria, que a construtora citada por Wagner não fez doações para a campanha dele em 2012. A doação, de fato, não consta na prestação de contas divulgada no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Visivelmente irritado, o prefeito também contra-atacou. Disse que o candidato do PR responde a dois processos criminais, sem especificar quais. Afirmou que Wagner recebeu, nesta campanha, doações do PSDB e PMDB, partidos investigados pela Lava Jato. Disse ainda disse que, se eleito, Wagner será obrigado a dar empregos a "apadrinhados" dos senadores cearenses Eunício Oliveira (PMDB) e Tasso Jereissati (PSDB), principais apoiadores de Wagner.
De acordo com levantamento do Datafolha encomendado pelo jornal O Povo e divulgado no último sábado, 22 de outubro, Roberto Cláudio tem 56% dos votos válidos, 12 pontos porcentuais a frente de Capitão Wagner. Na última pesquisa do instituto, o candidato do PDT tinha 59% das intenções de voto, enquanto seu adversário tinha 41%.
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