Geddel deveria ter saído logo após a denúncia de Calero, diz líder do PPS
Geddel pediu demissão do cargo na manhã desta sexta-feira, 25, após o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, dizer à Polícia Federal que o presidente Michel Temer interveio em favor dos interesses pessoais do peemedebista. Segundo Calero, Temer pediu para que ele resolvesse o impasse na liberação do empreendimento imobiliário em Salvador (BA), onde Geddel comprou um apartamento. Nesta semana, líderes de partidos da base aliada assinaram um documento em apoio a Geddel, mas o PPS não integrou o movimento.
Com o escândalo, o PSOL anunciou que vai protocolar pedido de impeachment do presidente da República na segunda-feira, 28. Hoje, a bancada do PT divulgou nota afirmando que o pedido de demissão de Geddel não elimina a necessidade de investigação do caso. Por isso, os petistas vão pedir à PF acesso ao depoimento do ex-ministro da Cultura e às provas apresentadas até o momento para analisar o material com juristas. O partido diz que vai avaliar eventuais crimes cometidos por Temer e seus ministros.
"No caso de Temer, uma análise preliminar indica que cometeu crime de responsabilidade, o que leva a um desdobramento natural - o pedido de abertura de processo de impeachment. O artigo 9º da lei 1.079 de 10 de abril de 1950, invocada para tirar Dilma Rousseff do cargo, define os crimes de responsabilidade que podem levar um presidente a julgamento e à perda do mandato", destaca a nota.
"Diz o inciso 3 do artigo que é crime 'não tornar efetiva a responsabilidade dos seus subordinados, quando manifesta em delitos funcionais ou na prática de atos contrários à Constituição'. Diz o inciso 7 do mesmo artigo que é crime 'proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo'", completa a nota.
O líder do PPS disse que é preciso acompanhar os desdobramentos do caso para se discutir o impedimento de Temer. "Agora é ver até onde isso vai", comentou.
O PT defendeu que a Procuradoria Geral da República e a Comissão de Ética da Presidência da República continuem apurando o caso e afirmou que as bancadas no Congresso vão anexar aos requerimentos já protocolados pedido de investigação do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) e da ministra Grace Mascarenhas (Advocacia Geral da União), também citados por Calero no seu depoimento à PF.
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