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Para líder do governo, demissão de Geddel preserva estabilidade da base

De Brasília

25/11/2016 16h39

O líder do governo na Câmara dos Deputados, André Moura (PSC-SE), disse ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que a justificativa dada pelo ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, para deixar o governo foi "extremamente sensata". Moura comentou que o peemedebista teve consciência de que sua saída diminuía a pressão e ajuda a preservar a estabilidade da base aliada, uma vez que o episódio gerou "uma certa turbulência" para o governo.

Nesta semana, 27 líderes e vice-líderes partidários entregaram a Geddel um manifesto onde o grupo declarava "amplo e irrestrito apoio" ao então ministro. Na carta, o grupo destacava sua condução "técnica e competente" à frente do posto. Agora, Moura disse que a carta foi escrita com base nos fatos que existiam no início da semana e que fatos novos surgiram agora, agravando a situação. "O problema maior foi quando envolveu o presidente da República", declarou.

O líder afirmou que conversou com vários líderes da base governista e que Temer continua tendo "nosso total apreço". Em defesa do presidente, Moura acredita que ele agiu de maneira "correta, institucional e republicana" na tentativa de solucionar um "conflito interno". Para Moura, Temer não cometeu nenhum crime ao pedir que a Advocacia-Geral da União (AGU) arbitrasse a questão.

À Polícia Federal, o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero disse em depoimento que Temer interveio em favor dos interesses pessoais de Geddel. Na avaliação do líder governista, se houve gravação das conversas no Palácio do Planalto, o ato "é extremamente grave".

Sobre o pedido de impeachment articulado pela oposição e a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), Moura respondeu que a "essa oposição" não tem legitimidade para falar em afastamento do presidente, porque é liderada pelo PT, o partido que protagoniza o maior escândalo de corrupção do País. "A oposição deveria ter vergonha em falar em impeachment. Uma oposição que fez o que fez, que saqueou o País, não pode falar em impeachment", rebateu.

Moura disse que impeachment e CPI são coisas de "oposição pequena" e que agora "a vida segue". "Isso é página virada."