Especial Fidel: aos 90 anos, morre o comandante
A morte do ditador provocou reações antagônicas, compatíveis com a controvérsia que marcou sua trajetória. Enquanto em Miami dissidentes celebravam e previam uma aceleração no processo de abertura econômica e redução na repressão política, dentro da ilha boa parte da geração que apoiou a derrocada de Fulgêncio Batista lamentou e aderiu ao luto de 9 dias decretado.
O período se encerrará com o funeral, em 4 de dezembro. Os cubanos mais jovens reagiram com indiferença à morte do homem que deixou o poder em 2006, após sobreviver a uma enfermidade intestinal e a uma nova leva de boatos.
Fidel morreu no mesmo dia em que o barco Granma saiu em 1957 do México com o grupo de guerrilheiros, entre eles o médico Ernesto Che Guevara, para dar início à revolução. Ele exerceu o poder absoluto, que passou para Raúl em 31 de julho de 2006.
Em fevereiro de 2008, Fidel renunciou definitivamente à presidência de Cuba e quase três anos depois, em abril de 2011, desligou-se definitivamente da liderança do Partido Comunista. Fidel chegou a ser o governante em exercício por mais tempo no mundo. Sob seu comando, nasceram 70% dos 11 milhões de cubanos.
Ao instalar um regime comunista a 150 quilômetros dos EUA, o líder cubano despertou amor e ódio. Foi considerado por alguns um símbolo da soberania latino-americana e de justiça social. Por outros, um ditador megalomaníaco e cruel.
O triunfo da revolução inspirou movimentos guerrilheiros semelhantes em todo o mundo, incluindo o brasileiro. Fidel enfrentou 11 presidentes americanos, a Invasão da Baía dos Porcos pela CIA em 1961, a Crise dos mísseis, e o embargo econômico. Sobreviveu também à queda do Muro de Berlim e à desintegração da União Soviética. Seu corpo foi cremado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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