Caso Luiza Brunet só deverá ser concluído no ano que vem
Como o processo corre em segredo de justiça, o acesso à audiência desta terça-feira, 29, no Fórum Criminal da Barra Funda, não foi aberto à imprensa. Após o término dos trabalhos, o promotor Carlos Bruno Gaya da Costa, do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid), frisou que se trata de um processo criminal e não há possibilidade de acordo financeiro para finalizar o caso.
A promotoria pede 8 anos de prisão ao empresário. Costa ressaltou que a atriz estava muito emocionada durante a audiência. "O Ministério Público estava confiante que as provas devem postular a condenação", afirmou. "O depoimento dela foi bastante contundente. Ela confirmou os fatos e a dinâmica dos fatos." Uma amiga da atriz foi ouvida como testemunha de acusação.
Luiza e o ex-companheiro não ficaram frente a frente. A pedido dela, seu depoimento foi prestado na ausência de Parisotto.
A defesa alega legítima defesa e, conforme o advogado do empresário Celso Vilardi afirmou nesta terça, busca encontrar "provas que mostrariam contradição" nos relatos da atriz. "Efetivamente apontamos diversas contradições. As fotos que ela publicou não condizem com fotos que ela tirou naquela semana", pontuou. "Não estamos desmerecendo a vítima. Tenho tratado a senhora Luiza Brunet com o maior respeito, mas não posso dizer que ela se descontrola - e foi ela quem disse isso, não sou eu quem está dizendo."
O caso
A revelação da violência foi feita pela ex-modelo à coluna de Ancelmo Gois, do jornal O Globo, em 1º de julho. Ela afirmou ter sido espancada pelo empresário, com quem vivia em união estável há cinco anos, na madrugada do dia 21 de maio, durante uma viagem do casal a Nova York.
Segundo o relato de Luiza, o então companheiro começou a se exaltar durante um jantar com amigos, quando o casal foi questionado se iria a uma exposição. Parisotto disse que não iria porque, da última vez, foi confundido com o ex-marido da modelo.
Ao voltarem para o apartamento onde estavam hospedados na cidade americana, Parisotto teria discutido com a atriz e a atingido com um soco no olho e chutes. Em seguida, ela diz ter sido derrubada no sofá e imobilizada violentamente, o que provocou a quebra de quatro costelas. Luiza conseguiu escapar depois de ameaçar gritar pelo concierge. No dia seguinte, ela voltou ao Brasil, onde iniciou tratamento médico para as lesões.
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