Randolfe: fundamentação técnica do governo a favor da PEC não reflete realidade
"O governo menciona duas principais razões, o problema da dívida pública e o problema do resultado primário. Eles dizem que, em decorrência de não voltarmos a cumprir metas de superávit, teria 'retorno da inflação'", criticou Rodrigues, ressaltando que "isso não é verdade.
O senador da Rede também ressaltou que nenhum país do mundo fez congelamento de gastos sociais como está sendo proposto no Brasil e que as áreas de saúde e educação não ficarão incólumes como quer fazer parecer o governo. "Esta medida vai aprofundar o processo recessivo em que estamos. Essa medida, se aprovada hoje, agravará em especial a própria situação fiscal, porque o crescimento ficará travado. Nenhum país do mundo teve sucesso com medidas draconianas", afirmou.
Rodrigues ainda criticou as desonerações feitas para a indústria. "Querem descontar os favores feitos ao capital nas costas dos trabalhadores brasileiros", disse.
Ataídes Oliveira (PSDB-TO)
O senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) afirmou que a aprovação da PEC do teto de gastos públicos, juntamente com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, "marcará na história o ano de 2016". Segundo o tucano, o governo "gastou tudo o que não podia".
Sexto a discursar sobre a PEC, o senador listou condutas em relação à despesa que, segundo ele, provocaram a elevação da dívida pública. Ataídes ainda rebateu críticas da oposição de que a proposta vai reduzir os recursos dedicados às áreas de saúde e educação. "A não aprovação sim é que vai tirar recursos dessas áreas", afirmou.
"Não tem outra saída a não ser isso (a PEC). O estrago que o PT fez na economia, nós vamos demandar anos para consertar", defendeu o senador tucano. "Não tenho dúvida de que os reflexos desta PEC serão extraordinários", emendou, citando a redução da inflação e da dívida pública e a possibilidade de expansão de investimentos.
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