Contraceptivo DIU é usado por 1,9% no Brasil
A publicitária Mariana Moraes, 32, colocou o DIU de cobre menos de 30 dias atrás. Há dois meses, a jovem deu à luz a pequena Manuela. "Antes de engravidar, eu tomei pílula por quase dez anos. Como não quero engravidar de novo tão cedo, a minha médica aconselhou o DIU. Senti cólicas só nos primeiros dias", relatou.
Na semana passada, o Ministério da Saúde anunciou a ampliação do acesso ao DIU (Dispositivo Intrauterino) de cobre, já distribuído pelo SUS (Sistema Único de Saúde), nas maternidades e hospitais do Brasil. O prazo para adaptação é de até 180 dias.
A coordenadora de Saúde da Mulher da pasta, Maria Esther Vilela, salienta que, segundo os últimos dados, somente 1,9% das mulheres em idade fértil usam o DIU de cobre. "Com base no registro do SUS e nos hospitais, teremos uma avaliação anual. Nossa meta é atingir 10% até 2020."
O presidente da Comissão Nacional de Anticoncepção da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), Rogério Bonassi Machado, acredita que a falta de acesso e mitos sobre o método são alguns dos motivos para a baixa adesão.
"Há mulheres que perguntam se o DIU é abortivo e se provoca câncer ou infertilidade. Falta informação correta", avaliou. Embora considere positiva a iniciativa do governo federal, ele faz um alerta: "Mulheres que sangram muito ou têm cólicas devem optar por outros métodos. Quem tem miomas grandes e tumores no útero não deve usá-lo."
O DIU de cobre custa, em média, R$ 120, sem a colocação. No mercado também há o DIU hormonal, que é conhecido como SIU, e já é fornecido pelos convênios médicos. Mas o custo é mais alto: em média, R$ 800, só o aparelho.
As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo."
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