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Correção: Doria discute com manifestante que o acusou de 'golpista'

Juliana Diógenes

São Paulo

29/03/2017 14h57

A matéria enviada anteriormente foi publicada com o título truncado. Segue o texto, sem alterações, com o título devidamente corrigido.

O prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) se irritou em seu discurso durante evento de entrega de unidades habitacionais em Grajaú, na zona sul de São Paulo, com um rapaz que gritou "golpistas" para as autoridades presentes, entre eles, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o ministro das Cidades, Bruno Araújo.

O rapaz gritou "golpistas" diversas vezes e disse que aquela obra é da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e do ex-prefeito Fernando Haddad (PT). No palco, Doria se exaltou no fim do discurso e disse que golpista "é aquele que rouba dinheiro público". O prefeito também afirmou que o manifestante estava "estragando a festa das famílias" e o mandou ir embora.

"Vou dizer para você que veio aqui tentar estragar a festa destas famílias que aqui estão... Que estas famílias não estão de acordo com você, não. Golpista é aquele que rouba o dinheiro público. Golpista é quem rouba o povo. Pergunta para o povo o que eles acham. Vai embora procurar a sua turma. Vai embora procurar a sua turma lá em Curitiba!", discursou ele, que foi seguido por palmas.

"O povo sabe quem é honesto e é decente. Sabe ou não sabe? Vai procurar a sua turma em Curitiba. Pessoal, uma salva de palmas para o Brasil!", disse, finalizando a fala. Famílias presentes no evento chegaram a bater boca com o manifestante, pedindo que fosse embora.

Ao sair do evento, Doria tirou "selfies" com participantes e disse que a manifestação foi "totalmente extemporânea". "Veio aqui falar de golpe. Golpe do quê? Golpe deu o Lula no Brasil, isso, sim", afirmou.

O manifestante, que se identificou como Rafael, disse ser morador de Grajaú há anos e se recusou a ir embora, permanecendo no local sob escolta da Guarda Civil Metropolitana (GCM) depois que alguns participantes do evento tentaram se aproximar para pedir que deixasse o local. "Eu só vim exercer o que exerço em todo lugar, que é o meu direito de expressão", explicou ele.

O evento chegou a ser paralisado por alguns minutos, após o homem ser mandado embora por Doria e pelas famílias presentes. Para dar continuidade, contudo, o cerimonial precisou intervir e pediu colaboração.

Nesta quarta-feira, 29, foram entregues 1.888 apartamentos do loteamento América do Sul, que beneficiarão 4.752 pessoas na região. O investimento total na construção é de R$ 118,3 milhões. A obra levou quatro anos para ser concluída.