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Chinaglia chama Arthur Maia de 'caloteiro', que rebate: 'vagabundo'

Anne Warth e Gustavo Porto

Brasília

30/03/2017 15h41

Os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Arthur Maia (SD-BA) trocaram insultos durante audiência na comissão especial da reforma da Previdência. Chinaglia chamou Maia, relator da proposta na Casa, de "empresário caloteiro". Maia rebateu e disse que Chinaglia era um "vagabundo". "Vagabundo é você", continuou o petista.

Chinaglia disse que Maia teria afirmado que o PT era um partido que envergonhava a política nacional. Maia negou ter feito essa acusação. "O relator, de forma absolutamente abusiva, nos atacou publicamente sem ter nenhuma autoridade nem política, nem moral, porque se ele quer medir a nossa história, eu não devo um centavo para a Previdência, como ele defende como empresário caloteiro", disse.

Maia rebateu a crítica imediatamente e chamou Chinaglia de vagabundo, no que o petista imediatamente respondeu: "Vagabundo é você". O presidente da comissão, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), solicitou a imediata retirada dos xingamentos dos anais da audiência. "Isso não está à altura do andamento dos trabalhos da comissão."

Maia negou ter criticado o PT. "Você está mentindo. Se eu errei, pedirei desculpas ainda nesta sessão", afirmou. "Não é justo que o senhor venha me chamar de caloteiro. Tenho uma empresa com dívida renegociada com o INSS e que está adimplente." Chinaglia disse que iria rever as falas anteriores de Maia imediatamente.

O bate-boca entre os dois deputados já havia começado momentos antes. Maia havia dito que os deputados do PT, que antes elogiavam Henrique Meirelles quando presidente do Banco Central, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, iriam contradizer as falas do atual ministro da Fazenda. Imediatamente, Chinaglia interrompeu Maia.

"Vocês não vão fazer patrulhamento da minha palavra", afirmou. "Seja tolerante com o contraditório", acrescentou o deputado.

Chinaglia disse ainda ter ficado incomodado com as críticas de Meirelles ao governo anterior, durante sua exposição sobre a proposta de reforma da Previdência. "O senhor foi um dos condutores principais política econômica, durante os oito anos governo Lula", disse.

A discussão terminou com um pedido de desculpas mútuo. "Que reine a paz entre os homens e mulheres de boa vontade", disse Marun.