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Lava Jato aprofunda investigação sobre desvios na Transpetro

1.fev.2017 - O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no plenário do Senado - Jane de Araújo/Agência Senado
1.fev.2017 - O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no plenário do Senado Imagem: Jane de Araújo/Agência Senado

Beatriz Bulla, Fábio Fabrini e Fabio Serapião

Brasília

28/04/2017 11h02Atualizada em 28/04/2017 11h32

A operação deflagrada na manhã desta sexta-feira, 28, pela Polícia Federal tem como objetivo aprofundar as investigações de desvios na Transpetro, informou a Procuradoria-Geral da República (PGR). As buscas e apreensões foram solicitadas pelo órgão e autorizadas pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), para coletar provas de crimes contra a administração pública, lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa.

A delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado serve de embasamento para a operação desta sexta. Nos mandados, a Polícia Federal e integrantes do Ministério Público Federal buscam documentos, equipamentos, mídias e arquivos eletrônicos, aparelhos de telefone, valores e outros objetos em endereços residenciais e comerciais em Alagoas, Rio Grande do Norte, Sergipe, São Paulo e no Distrito Federal.

Um dos alvos de busca é o advogado Bruno Mendes, que seria ligado ao senador Renan Calheiros (PMDB). Mendes já ocupou o cargo de assessor parlamentar de Calheiros. Ele foi gravado em uma das conversas de Sérgio Machado entregues à Lava Jato.

A operação é um desdobramento da Satélites, deflagrada pela Polícia Federal em 21 de março tendo como alvo pessoas ligadas aos senadores Renan Calheiros, Humberto Costa (PT-PE), Eunício Oliveira (PMDB-CE) e Valdir Raupp (PMDB-RO).

A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Bruno Mendes e o espaço está à disposição para sua manifestação.