Temer decreta, por solicitação da Câmara, ação de garantia da lei e da ordem
Segundo Jungmann, a decisão de Temer foi tomada após solicitação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e também por conta da violência registrada nas manifestações de hoje em Brasília.
"Atendendo à solicitação do senhor presidente da Câmara, Rodrigo Maia, mas também levando em conta fundamentalmente que uma manifestação que estava prevista como pacífica, ela degringolou na violência, no vandalismo, no desrespeito, na agressão ao patrimônio público, na ameaça às pessoas - muitas delas servidores que se encontram aterrorizados e que estamos neste momento garantindo a sua evacuação - o senhor presidente da República decretou, repito por solicitação do presidente da Câmara, uma ação de garantia da Lei e da Ordem", anunciou Jungmann ao lado do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen.
O ministro da Defesa disse ainda que as tropas federais já estão ocupando a Esplanada dos Ministérios. "Neste instante, tropas federais já se encontram aqui neste Palácio (do Planalto), no Palácio do Itamaraty e logo mais estão chegando tropas para assegurar que os prédios dos ministérios sejam mantidos incólumes", afirmou.
Segundo Jungmann, Temer fez questão de ressaltar que "é inaceitável a baderna e o descontrole". "Ele não permitirá que atos como este venham a turbar um processo que se desenvolve de forma democrática e com desrespeito às instituições", finalizou.
Jungmann deixou o pronunciamento, feito no Salão Leste do Planalto, sem responder sobre a ausência do ministro da Justiça, Osmar Serraglio, e também nem sobre quantos homens serão deslocados para Brasília.
Silêncio
Pela manhã, interlocutores do presidente Michel Temer estavam pregando o silêncio em relação às manifestações. Auxiliares do presidente diziam que era preciso esperar para ver a adesão e o desenrolar dos fatos. No entanto, após os episódios de violência e de registro de incêndios da Esplanada, auxiliares avaliaram que havia ficado insustentável o silêncio. E, então, o governo escalou Jungmann e Etchegoyen para se manifestarem. Serraglio, na última greve geral no fim de abril, tinha sido o escolhido do Planalto para comentar os protestos.
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