Oposição no Senado já admite eleição indireta para eventual sucessão de Temer
"No decorrer da discussão das eleições diretas sempre surge o assunto da indiretas. Não dá para ignorar isso e fingir que nada está acontecendo", declarou a parlamentar. Ela disse que a realização de eleições diretas dependeria da mobilização popular. "Conhecemos a opinião (sobre eleições diretas), mas temos que saber qual é o nível de mobilização", ponderou. Vanessa vai participar de um ato por "diretas já" no próximo domingo, 28, no Rio de Janeiro.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) considera que uma eleição indireta para a presidência iria rachar a oposição, mas é o caminho mais provável. Para ele, não haveria tempo hábil para aprovar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de eleições diretas na Câmara e Senado este ano. As PEC's precisariam passar por dois turnos de votação nas duas Casas.
"Vamos avaliar (possíveis candidatos). Em caso de eleição indireta, a oposição se dividirá. A nossa percepção não deverá ser a mesma do PT, por exemplo", declarou Randolfe. Ele apoia a ideia do senador Cristovam Buarque (PPS-DF) de que nenhum integrante do Congresso deveria se candidatar à eleição indireta, já que os próprios parlamentares seriam responsáveis por eleger o presidente "tampão".
Como possíveis nomes para uma eventual eleição indireta, Randolfe citou juristas como os ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Ayres Britto e Joaquim Barbosa. "Não querendo ser apolítico, mas o ideal seria alguém com perfil técnico que construísse um consenso nacional até 2018", defendeu o senador. (Julia Lindner - julia.lindner@estadao.com)
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