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Agora não é hora de eleição, é hora de gestão, diz Doria

Danilo Verpa/Folhapress
Imagem: Danilo Verpa/Folhapress

Daniel Weterman e Pedro Venceslau

De São Paulo

27/05/2017 15h49

Após uma semana marcada por desencontros sobre a ação na Cracolândia, o prefeito João Doria e o governador Geraldo Alckmin, ambos do PSDB, participaram juntos na manhã deste sábado (27) de um seminário sobre gestão em um hotel da capital paulista.

Os dois trocaram elogios e reforçaram o discurso do PSDB de compromisso com as reformas diante da crise pela qual passa o presidente Michel Temer (PMDB). Enquanto Alckmin disse que o compromisso não era com o governo, mas com o país, Doria afirmou que é preciso "proteger" o Brasil e que não é momento de eleição.

Na fala de abertura, Doria fez afagos ao padrinho político. "Se estou aqui, devo a ele, que foi o grande avalista das prévias. Nossa relação é indivisível" disse o prefeito, ressaltando os 38 anos de amizade com o governador. Ele afirmou que a relação entre os dois não era ancorada em questões políticos, mas na amizade e que isso não poderia ser quebrado por qualquer circunstância.

O prefeito da capital elogiou nominalmente, além de Alckmin, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), que se encontraram na casa de Fernando Henrique Cardoso na última quinta-feira (25).

Falando sobre o momento atual do país, Doria repetiu um jargão do governador e disse que é preciso "proteger o Brasil" e, no caso de São Paulo, isso se faz com gestão. Doria afirmou temos que administrar a realidade com o bom senso que tem Alckmin, Tasso e FHC. Doria encerrou sua fala dizendo que o momento "não é momento de eleição, mas de gestão".

Já o governador, durante a fala direcionada a prefeitos e vereadores de outras cidades e Estados que participam do evento, devolveu os elogios e disse que Doria é um "exemplo" quando o assunto é dar sentido de pertencimento à cidade. Ele também voltou a reforçar o compromisso do PSDB com as reformas diante da crise nacional. "Não temos compromisso com o governo, temos compromisso com o Brasil, com as reformas, com a retomada do crescimento econômico", frisou.