Ex-ministra refuta críticas de Sarney
"Na carta que o ministro do Meio Ambiente da Noruega (Vidal Helgeser) enviou ao Sarney, ele elogia o Brasil até 2014 e aponta sinais que o Brasil está dando de possíveis retrocessos na área ambiental", comenta.
Ela cita como exemplo ações da bancada ruralista no Congresso para o desmonte do licenciamento ambiental e a redução de unidades de conservação na Amazônia. Para Izabella, isso passou um sinal de "liberou geral" que incentiva o desmatamento e teria sido mal visto pelos noruegueses. "O corte é um alerta para evitar retrocessos, para apoiar que o ministério avance nas políticas ambientais, para que a agricultura não seja desmatadora."
A ex-ministra, que registrou durante a sua gestão a menor perda florestal desde o início do monitoramento da Amazônia - em 2012 a taxa foi de 4.571 km² -, observou também duas altas consecutivas nos dois últimos anos à frente da pasta.
Mas ela nega que a alta é fruto de uma fiscalização menor, causada pela redução de verba da pasta. De 2015 para 2016, o orçamento do Ibama teve perda de 30% - coincidência ou não, foi quanto subiu o desmatamento. "A gente cortava em outros lugares, mas o ministério nunca tirou dinheiro da fiscalização. O Ibama teve corte, mas a fiscalização não foi cortada", disse. "Mas o problema é maior, precisava de uma Lava Jato para a Amazônia para enfrentar a corrupção associada ao desmatamento." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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