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Procuradoria investiga se homem da mala furou fila da tornozeleira

1.jul.2017 - Ex-assessor de Michel Temer e ex-deputado federal, Rodrigo Rocha Loures deixa Polícia Federal em Brasília - Igo Estrela/Folhapress
1.jul.2017 - Ex-assessor de Michel Temer e ex-deputado federal, Rodrigo Rocha Loures deixa Polícia Federal em Brasília Imagem: Igo Estrela/Folhapress

Fausto Macedo e Julia Affonso

04/07/2017 09h56Atualizada em 04/07/2017 10h31

O Ministério Público Federal em Goiás investiga se o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) furou a fila da tornozeleira eletrônica. O ex-assessor especial do presidente Michel Temer deixou a prisão no sábado, 1º, e pôs o equipamento em Goiás onde há falta de peças para monitoramento.

A Procuradoria da República 'instaurou procedimento para apurar os fatos que levaram o custodiado Rodrigo Rocha Loures a receber tornozeleira eletrônica, possivelmente desrespeitando lista de espera'.

Foram expedidos ofícios à Polícia Federal em Brasília e à Secretaria de Segurança Pública de Goiás para que respondam, em 10 dias, 'sobre o suposto déficit do equipamento citado e, se realmente há a lista de espera, qual a fundamentação para que o ex-deputado o tenha recebido de imediato'.

Relator da Operação Lava Jato no STF, o ministro Edson Fachin determinou o cumprimento de cautelares alternativas, entre elas o uso de tornozeleira e recolhimento domiciliar noturno (das 20 às 6 horas) e também aos sábados, domingos e feriados. O ex-deputado também deve entregar seu passaporte em 48 horas, não pode deixar o País e está proibido de manter contato com investigados, réus ou testemunhas do caso JBS.

Loures, ex-assessor especial de Michel Temer, e o presidente foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva. O ex-deputado foi filmado em São Paulo após receber de um executivo do Grupo J&F - controlador da JBS -, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, uma mala com R$ 500 mil.