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Em vídeo, Temer diz ter força para 'resistir aos que desejam parar o País'

Carla Araújo

Brasília

29/08/2017 11h37

O presidente Michel Temer gravou na noite desta segunda-feira, 28, um vídeo, disponibilizado em suas redes sociais assim que embarcou para a China, para destacar a sua viagem à Cúpula dos Brics, mas também para dizer que não vai permitir que nenhuma "agenda negativa" atrapalhe o seu governo. O presidente embarcou para o país asiático na manhã desta terça-feira, 29.

Apesar de não ter citado especificamente a provável segunda denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Temer disse que tem "gente que quer parar" o País.

"Sabemos que tem gente que quer parar o Brasil, e esse desejo não tem limites. Quer colocar obstáculos ao nosso trabalho, semear a desordem nas instituições, mas tenho força necessária para resistir", disse Temer, destacando que "o momento pede sobriedade, responsabilidade e paciência". "Nenhuma força me desviará desse rumo", completou.

O peemedebista disse ainda que o País é maior do que seus problemas e suas aflições, que os brasileiros são trabalhadores e generosos e que "se estão desconfiados da política é porque já sofreram muito e amargaram grandes decepções". "Mas no fim sempre torcem para dar certo. Vai dar certo. Não vamos deixar que a agenda negativa venha abater o nosso ânimo", afirmou Temer.

Viagem

O vídeo destaca inicialmente a viagem de Temer a China e o presidente promete levar ao país asiático a agenda de projetos de concessão e privatização anunciado na semana passada. "Estou indo visitar a segunda maior economia do mundo. E qual é o nosso objetivo? Primeiro, queremos tornar mais sólida a relação comercial já existente", diz.

"Temos uma relação comercial com os chineses - e isso precisa ser mantido. Em segundo lugar, viajo para ampliar nossas relações. A China poderá ser uma das grandes investidoras nos nossos projetos de concessões que anunciei na semana passada", afirma o presidente.

"Eles poderão fazer a diferença em investimentos nas áreas de energia, portos, aeroportos, na área do agronegócio e nas finanças. Além de exportar mais, podemos trazer mais capital chinês, e com isso, acelerar a criação de empregos e melhorar a renda do trabalhador brasileiro."

Mesmo sem expectativas de grandes acordos durante a viagem, Temer diz que "a melhor surpresa" que essa viagem poderá nos reservar são bons acordos, "dos bons investimentos que traremos para o País. A surpresa das boas atitudes, da boa conduta", afirmou.

O presidente disse que leva com ele aos chineses e aos países dos Brics - que inclui também Rússia, Índia e África do Sul - "um Brasil de oportunidades, um Brasil de possibilidades". "É impossível pensar o mundo de amanhã sem ver o Brasil e a China trabalhando como parceiros. No mundo onde as parcerias irão se multiplicar, Brasil e China, seguramente, estarão tão próximos quanto os nossos projetos comuns permitam", diz.

Discurso

Assim como tem feito em todas as oportunidades de discursos, o presidente destaca os indicadores econômicos brasileiros, diz que a herança do governo da ex-presidente Dilma Rousseff já está sendo superada e faz a defesa de seu governo.

"É impossível também pensar o Brasil de amanhã sem crescimento. A herança que nos foi legada do governo anterior já está sendo corrigida e, progressivamente, vamos eliminando carestia e os juros altos", diz. "A volta dos empregos já é uma realidade. Estamos resgatando orgulho e a confiança perdida", completa. Temer diz que chegou ao governo "com um plano claro de reformas". "E com o apoio decisivo do Congresso, com a sua torcida e com o empenho de todos, nós o estamos executando."