Jungmann e Pezão prometem retorno de operações das Forças Armadas no Rio
O encontro no Palácio Guanabara durou duas horas e foi encerrado por um pronunciamento em tom cordial, após uma sucessão de críticas, nos últimos dias, feitas pelo próprio Jungmann e por autoridades do setor, como o secretário de Segurança, Roberto Sá, e o chefe da Polícia Civil, Carlos Leba. Ninguém da secretaria participou da reunião.
Pezão disse que "afinou a viola" com Jungmann. O ministro, por sua vez, disse que fez uma D.R (discussão de relacionamento) com o governador do Rio, e acertou as diferenças.
"Afinamos a nossa viola, discutimos a relação e acertamos os nossos passos", disse o governador. "Esse é um processo novo da área de segurança. Tenho certeza que para todas as forças os resultados que já estamos alcançando nesses meses de ação são bons. Nunca tive dúvida de que a cada tempo que nós formos abraçando essa parceira nós vamos melhorá-la mais", completou.
Pela manhã, antes do encontro, Jungmann tinha dito que procuraria "resolver determinados desajustes ou dificuldades que são do desconhecimento de todos". "Tem problema? Tem. Cabe a gente resolver isso. A sociedade quer e exige isso. Nós vamos ficar aqui até o último dia. Nosso time tem que, cada vez mais, melhorar o desempenho. Então vamos sentar e fazer uma DR", declarou.
Jungmann também comentou o pedido feito no Twitter por Sá: o patrulhamento das Forças Armadas em 103 áreas conflagradas. Inicialmente, o ministro afirmou que não aceitaria, mas depois afirmou que a decisão também cabe ao presidente Michel Temer (PMDB).
"Nós ainda não recebemos esse pedido oficialmente. Mas vamos avaliar com a melhor das boas vontades. Quando eu disse não foi porque isso não estava dentro das diretrizes da GLO (Garantia da Lei e da Ordem), mas isso não quer dizer que não vamos analisar com boa vontade", disse o ministro.
O governador e o ministro também anunciaram que, nos primeiros quinze dias de outubro, o presidente Michel Temer (PMDB) vai anunciar um pacote para ajudar nas áreas sociais das favelas do Rio. "Tenho certeza que, cada vez mais, (a integração) vai servir de exemplo para o País, ainda mais com essa entrada pela área social, que sempre foi uma grande demanda das comunidades", disse. Pezão também agradeceu o "empenho" de Temer na ajuda das Forças Armadas no Rio.
Os dois também exaltaram em conjunto dados positivos do Instituto de Segurança Pública do Rio (ISP) sobre a Operação Furacão, uma das ações integradas, iniciada no dia 28 de julho. Ela tem finalidade de combater a violência e o crime organizado no Estado do Rio, com mais de 10 mil agentes de segurança (8.500 das Forças Armadas, 620 da Força Nacional de Segurança, 380 da Polícia Rodoviária Federal e 740 das forças de segurança locais).
Segundo o ISP, depois do programa (29 de julho a 22 de agosto), o roubo de carga diminuiu 43% (585 casos contra 1041), os roubos a transeuntes 32% (6.286 contra 9.265) e os homicídios 22% (393 contra 508).
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