Alunos acusam garçom de agressão após uso de parklet
Uma estudante de 17 anos, afirma que o restaurante interdita a área durante o horário de saída dos alunos. Na última segunda-feira, 23, a adolescente conta que retirou a faixa que impedia a passagem e sentou-se no banco.
Apesar de garantir que foi ela quem retirou o equipamento, um dos garçons teria acusado um amigo da jovem e tentado retirá-lo do local à força. "Um dos garçons chegou e acusou meu amigo, que é negro. Por isso a gente diz que é um caso de racismo", explica. Segundo ela, os outros funcionários tentaram apartar a briga.
Outro aluno da escola, Jean Barros, de 18 anos, conta que também sofreu agressão por parte do funcionário. "Eu fui tentar separar a briga e o funcionário acabou me agredindo também", afirma. Barros registrou um boletim de ocorrência e fez exame de corpo de delito após o caso. A polícia foi chamada, mas de acordo com os estudantes, não foi efetiva. "Eles não fizeram nada demais", disse.
Espaço público
O decreto municipal 555.045, de 16 de abril de 2014, explicita que parklets serão plenamente acessíveis ao público, "vedada, em qualquer hipótese, a utilização exclusiva por seu mantenedor". O SampaPé, organização que defende a cultura do caminhar e a humanização das cidades, defende a instalação de parklets para estimular a ocupação de espaços públicos.
No entanto, a presidente da organização, Letícia Sabino, conta que um parklet custa em torno de R$ 50 mil, o que dificulta o incentivo das instalações. "Por mais que eles tenham pago, eles fizeram o parklet para o bem público, então não podem tirar pessoas, regulamentar, tem que ser claramente um espaço aberto", explica. Ela pede ainda que fique claro aos donos de estabelecimentos que a estrutura será desfrutada por todos. "É muito importante entender que o parklet vai valorizar o local, só que existe o problema de as pessoas entenderem que são as donas daquele espaço", alerta.
Repercussão
Vídeos, fotos e relatos do caso foram publicados nas redes sociais e, no dia seguinte, estudantes da Fidelino de Figueiredo protestaram em frente ao Esquina Grill contra a agressão. Barros conta que um representante do estabelecimento ofereceu um espaço ao lado do restaurante para criar uma área de recreação. "Eles se ofereceram para montar um espaço recreativo para os alunos, reformar a quadra da escola, para parar com os protestos e não manchar mais o nome."
O Esquina Grill do Fuad não quis comentar o caso e, após a repercussão, a página no Facebook foi excluída. No site do restaurante, a estrutura é mencionada como "um presente para Santa Cecília e para São Paulo". O parklet foi instalado em comemoração aos 50 anos da inauguração do restaurante.
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