Juiz determina o 'imediato recambiamento do sentenciado Paulo Maluf'
Maluf, condenado a 7 anos, nove meses e dez dias por lavagem de dinheiro que teria desviado dos cofres públicos quando exerceu o mandato de prefeito de São Paulo (1993-1996), entregou-se à PF na manhã de quarta-feira, 20 - horas depois que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, ordenou o cumprimento da sentença.
Aos 86 anos, Maluf tenta, por meio de seus advogados, suspender a ordem de Fachin. A defesa pediu ao juiz de Execuções Penais de Brasília que autorize o ex-prefeito a ficar em prisão domiciliar.
Os advogados alegam que Maluf está doente - com problemas cardíacos, hérnia de disco e câncer na próstata, do qual operou em 1997, logo que deixou a Prefeitura paulistana.
Desde que chegou à PF, Maluf mal se alimenta. Seus advogados dizem que ele "está arrasado, abalado".
Nesta quarta, 20, o juiz Bruno Macacaro determinou a remoção de Maluf para a ala dos idosos no Centro de Detenção Provisória da Penitenciária da Papuda, onde estão outros políticos, como o ex-senador Luiz Estevão, preso pelo suposto desvio de dinheiro das obras do Fórum Trabalhista de São Paulo, nos anos 1990.
Nesta quinta, 21, o juiz de Execuções Penais foi incisivo. Por meio do ofício endereçado ao chefe da PF em São Paulo, o magistrado foi direto ao ponto ao "solicitar as providências necessárias ao imediato recambiamento do sentenciado Paulo Salim Maluf, filho de Maria Stefano Maluf, da Comarca de São Paulo para este Distrito Federal, observando as recomendações contidas na decisão proferida por este Juízo nesta data".
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