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Formulação do Real marcou trajetória de Persio Arida

Renata Agostini

São Paulo

20/02/2018 08h06

Com Persio Arida no comando de seu programa econômico, Geraldo Alckmin (PSDB) confere verniz liberal à sua campanha ao Planalto. O governador de São Paulo confirmou nesta segunda-feira, 19, que o economista será o responsável pelo programa.

Ex-banqueiro e um dos idealizadores do Plano Real, Arida, de 65 anos, tem em sua trajetória postos de destaque nos setores público e privado e trânsito na academia e no setor financeiro. Foi presidente do BNDES e do BC, sócio dos bancos BTG e Opportunity e membro do conselho do Unibanco.

Paulistano, no colégio fez parte da Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares, (VAR-Palmares). Foi preso e torturado pela ditadura militar em 1970. Formado em economia pela USP, enveredou pela vida acadêmica. Era um jovem professor da PUC-Rio quando elaborou, em parceria com André Lara Resende, a proposta para combate à "inflação inercial" que envolvia a criação de nova moeda e foi batizada de "Larida".

Sob impacto da ideia, ajudou o governo José Sarney a formatar o Plano Cruzado, que fracassou. Foi executivo da Brasil Warrant e conselheiro do Unibanco, ambos dos Moreira Salles. Assumiu a presidência do BNDES em 1993, no governo Itamar Franco, e trabalhou ao lado de Lara Resende, Edmar Bacha, Gustavo Franco e Pedro Malan no Plano Real, que estabilizou a economia. Foi presidente do BC de FHC por cinco meses.

De volta ao setor privado, tornou-se parceiro de Daniel Dantas no Opportunity e, depois, ajudou a fundar com André Esteves o BTG. Com a prisão do sócio, assumiu o conselho de administração do banco. Deixou o BTG em 2017. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.