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Porta-voz fará pronunciamento e Marun dará coletiva daqui a pouco no Planalto

Carla Araújo

Brasília

21/02/2018 14h38

O porta-voz do presidente Michel Temer, Alexandre Parola, fará um pronunciamento na tarde desta quarta-feira, 21, no Palácio do Planalto, disse a Secretaria de Comunicação da Presidência da República. A assessoria de imprensa não informou o assunto, mas, segundo fontes, não se trata ainda do anúncio do nome do novo ministro do Ministério Extraordinário da Segurança.

Logo após a fala de Parola, está prevista uma entrevista coletiva no ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun. Segundo sua assessoria, o ministro deve tratar de vários temas, como o recente desentendimento entre o governo e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), por conta da pauta de 15 pontos prioritários que Temer quer tratar no Congresso.

Responsáveis por pautar a votação das medidas econômicas anunciadas pelo governo na segunda-feira, os presidentes da Câmara e do Senado criticaram o pacote e disseram que não darão prioridade aos projetos, que já estão tramitando nas duas Casas. "Que pauta prioritária é essa que eu não sei?", disse Eunício Oliveira (MDB-CE), presidente do Senado. Maia seguiu a mesma linha e chamou o "plano B" à Previdência de "café velho e frio, que não atende à sociedade", em referência ao fato de que boa parte das medidas anunciadas é antiga.

Pré-candidato ao Palácio do Planalto e em busca de um protagonismo econômico neste ano eleitoral, Maia disse desconhecer a lista elaborada pela equipe do presidente Michel Temer. "Não conheço os 15 projetos, nem li, nem vou ler." O presidente da Câmara afirmou que a pauta econômica, chamada de prioritária pelo governo, é um "equívoco".

As declarações dos dois parlamentares foram recebidas com surpresa pelo governo. Integrantes da equipe de Michel Temer insistem que Maia e Oliveira participaram da definição da agenda prioritária. A avaliação é de que o presidente da Câmara ficou "melindrado" porque o anúncio foi feito no Palácio do Planalto e não no Congresso.