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Em clima de 'Lula livre', PT define chapa paulista em encontro

Paula Reverbel e Camila Turtelli

São Paulo

24/03/2018 20h20

Em clima de campanha em defesa da liberdade e aprovação da candidatura do ex-presidente Lula, o diretório estadual do PT em São Paulo definiu sua chapa paulista para a disputa deste ano.

Como esperado, o presidente estadual do PT, Luiz Marinho, se firmou como pré-candidato petista ao governo de São Paulo. Ele derrotou o ex-prefeito de Guarulhos Elói Pietá por 660 votos (79%), contra 175 (21%) - o quórum foi menor do que o esperado inicialmente de 1.200 delegados.

O vereador Eduardo Suplicy foi aclamado, quase que por unanimidade, como candidato a uma das duas vagas do partido para disputa do Senado. A segunda vaga ficará com o ex-secretário municipal de Transportes Jilmar Tatto que derrotou a vereadora Juliana Cardoso, com 489 votos (58%) contra 350. Porém, dependendo das coligações esta segunda vaga pode ir ainda para um candidato de um partido coligado.

Palavras de ordem em favor da candidatura de Lula permearam toda discussão em torno das diretrizes eleitorais e todos os discursos dos pré-candidatos. Marinho, durante seu discurso, falou da "certeza absoluta da possibilidade de derrotar os tucanos no Estado de São Paulo" e da "defesa intransigente de Lula livre". Ele também convocou a militância a protestar no dia 3 de abril, em defesa do petista. Um dia antes disso haverá manifestações no Rio de Janeiro e, no dia depois, 5, em Brasília, segundo ele.

Antes mesmo de defender sua candidatura ao Senado, a vereadora Juliana disse que o País vive um momento de "retirada de direitos" e também levantou a bandeira pela disputa de Lula.

Durante o evento, os petistas também estiveram alinhados em seus discursos em torno das movimentações da Justiça. Eles defendem que as ações abstratas sobre prisão após o fim de todos os recursos sejam julgadas antes do caso concreto de Lula. A previsão é que o habeas corpus do presidente tenha o julgamento retomado no dia 4.

Na disputa paulista, o PT entra enfraquecido. Além de contar com menos prefeituras neste ano, há pouca coligações firmadas até este momento. Se não fechar alianças, o PT calcula que terá pouco mais de um minuto do tempo de televisão dedicado para as campanhas. Já Márcio França (PSB), que vai assumir o governo do Estado no próximo dia 7 com a renúncia de Geraldo Alckmin (PSDB), diz contar com PSB, PR, PPS, PHS, PSC, Pros, Avante, Solidariedade e Podemos. Espera ainda anunciar nos próximos dias a adesão de PV, PMB e PRP.