Vice de Bolsonaro defende reforma da Previdência ainda em 2018
"Não se pode fugir da reforma previdenciária e passado o período eleitoral deveria se fazer alguma coisa para votá-la este ano ainda", disse o general da reserva ao ser questionado sobre uma reforma previdenciária que inclua os militares. "É uma das facas da garganta (do Estado)."
Mourão, no entanto, não entrou em detalhes de como seria essa reforma.
Para uma alteração nas regras previdenciárias, o governo do presidente Michel Temer teria de suspender a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, uma vez que enquanto ela estiver em vigor a Constituição não pode ser emendada.
Diretrizes
Na sabatina, que contou com uma exposição e perguntas feitas pela plateia e o jornalista Augusto Nunes, Mourão tentou detalhar temas econômicos das diretrizes de governo de sua chapa, como a privatização da Petrobras, a necessidade de uma reforma fiscal e a diminuição do tamanho do Estado.
Em alguns debates e sabatinas, quando questionado sobre economia, Bolsonaro recorre frequentemente à figura de seu principal assessor econômico, Paulo Guedes, com o argumento de que o economista é a autoridade da chapa no assunto.
O general tentou se desvencilhar do que julgou ser uma "pecha estatista dos militares que remete ao governo Geisel" e defendeu a privatização de alguns setores da Petrobras.
"Eu nunca fui da ala estatista, eu sou (a favor de) menos Estado."A Petrobras tem que ser olhada com carinho. Tenho pouco conhecimento do assunto, mas tem que decompor as atividades dela e ver: a Petrobrás luta para descobrir o pré-sal e agora a gente entrega tudo? Mas caso seja convencido que deva ser privatizada, vai com Deus."
O candidato a vice também criticou a Constituição de 88, que, em sua visão versa sobre muitos assuntos da vida nacional e, com isso, acaba implicando num gasto excessivo por parte do Estado. "É preciso ter disciplina fiscal para priorizar os gastos", disse ele, que alertou para o risco de as despesas da União superarem seu orçamento já em 2022.
O general defendeu uma reforma tributária que desonere o chamado "custo Brasil", que, segundo ele prejudica a competitividade da indústria e do agronegócio. "É preciso desregular, privatizar e ter austeridade", disse. "Não funciona regular o preço do diesel, por exemplo. "Toda experiência do Estado em regular preços no mundo acabou não dando certo."
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