Primeiros dias do alistamento militar feminino têm 7 mil mulheres inscritas

O Ministério da Defesa informou que recebeu mais de 7 mil inscrições nos primeiros dias do alistamento militar feminino.

O que aconteceu

Ao todo, são 1.465 vagas disponibilizadas nas Forças Armadas. Podem se inscrever apenas mulheres que completam 18 anos em 2025 (ou seja, nascidas em 2007) e residem nos municípios com Juntas de Serviço Militar participantes da convocação.

As inscrições vão até o dia 30 de junho. As candidatas serão submetidas a um processo seletivo que abrange entrevista, avaliação de saúde e testes físicos. Além disso, deverão escolher a Força na qual desejam ingressar, considerando suas habilidades e a disponibilidade de vagas.

O alistamento é voluntário. Sendo assim, a candidata pode desistir de integrar as Forças Armadas. No entanto, após a incorporação, o serviço passa a ser obrigatório.

O serviço militar terá duração de 12 meses. No entanto, segundo o Ministério da Defesa, o período pode ser prorrogado por até oito anos. As mulheres serão incorporadas na Marinha como marinheiros-recrutas, no Exército como soldados ou na Força Aérea como soldados de segunda-classe.

O alistamento militar feminino era inédito no Brasil. Segundo a Defesa, o objetivo da mudança é "aumentar, progressivamente, o número de mulheres recrutadas pelo Serviço Militar Inicial Feminino, atingindo o índice de 20% das vagas". Atualmente, as Forças Armadas possuem 37.000 mulheres, cerca de 10% de todo o efetivo.

Após a incorporação, as mulheres terão os mesmos direitos e obrigações que os demais soldados. Elas terão que participar, inclusive, de cursos de capacitação profissional em diversas áreas, promovidos pelo Projeto Soldado Cidadão. O treinamento físico será equivalente ao dos homens, com adaptações específicas para cada Força.

Ao final do período de serviço, as recrutas receberão o Certificado de Reservista e a Certidão de Tempo de Serviço. Enquanto reservistas, elas terão que se apresentar anualmente durante cinco anos após o licenciamento, visando manter o banco de dados atualizado. Em caso de mobilização, elas podem ser convocadas com os homens, conforme previsto na Lei do Serviço Militar.

O alistamento pode ser feito online ou presencialmente. Pela internet, a interessada pode acessar o site do Ministério da Defesa (clicando aqui) e fazer a inscrição. Presencialmente, é preciso ir até uma Junta de Serviço Militar em um dos municípios contemplados.

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Errata:

o conteúdo foi alterado

  • Diferentemente do informado em versão anterior deste texto e na chamada na homepage, as 7 mil inscrições de mulheres nas Forças Armadas foram registradas de 1⁠º de janeiro até o meio-dia de 3 de janeiro, e não apenas no primeiro dia do ano. A informação foi corrigida.

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