Após Ibope, presidenciáveis veem disputa pelo 2º turno em aberto
Terceiro colocado na pesquisa, com 11%, Ciro Gomes (PDT) disse em entrevista à CBN que a pesquisa é um retrato de momento e que segue em sua campanha com muito trabalho e serenidade. Ele afirmou que o País não aguenta mais a "bomba da polarização" com o PT.
As simulações de segundo turno da pesquisa Ibope/Estado/TV Globo mostram empate técnico em três dos quatro cenários testados pelo Ibope nas eleições 2018. Os dois primeiros colocados nas intenções de voto no primeiro turno - Jair Bolsonaro, do PSL, e o petista Fernando Haddad - teriam 40% cada em um confronto direto, caso este ocorresse hoje.
No cenário em que a disputa fosse entre Bolsonaro e o ex-governador tucano Geraldo Alckmin, o placar seria de 38% a 38%. Em um embate com Ciro Gomes (PDT), o candidato do PSL ficaria com 39%, ante 40% do pedetista. Como a margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou para menos, trata-se também de empate técnico. A única que perderia para o candidato do PSL fora da margem de erro é Marina Silva (Rede), que teria 36% dos votos, ante 41% de Bolsonaro.
Questionado sobre as declarações de Haddad, dadas na terça-feira à mesma emissora, de que tinha certeza que seria apoiado pelo pedetista no segundo turno das eleições, Ciro foi enfático. "Nem a pau, Juvenal. Eu não cedo a instituto de pesquisa a minha responsabilidade com o meu País."
Geraldo Alckmin (PSDB), que aparece com 7% das intenções de voto, dá como certa a presença de Haddad no 2º turno, mas prevê queda do candidato do PSL. "Vamos estar no segundo turno e vamos ganhar as eleições", disse o ex-governador de São Paulo em sabatina da revista Veja.
"Nós precisamos escolher quem vai com o PT, pra vencer o PT no segundo turno. Esse é o fato. O PT já está no segundo. Precisamos ver quem vai com o PT no 2º turno pra vencer o PT", disse Alckmin. "Eu vejo que a curva do candidato (Fernando Haddad, do PT), é uma curva ascendente. (A do Bolsonaro) Não, está no teto e tenderá a cair."
Alvaro Dias (Podemos) disse que seria "um covardaço" se abrisse mão de sua candidatura para apoiar um adversário. "Vou até o último minuto desse jogo na esperança de ir para o segundo turno". João Amoêdo (Novo) afirmou que não é o momento para antecipar voto útil e que também não vai desistir da campanha. Ambos têm 2% das intenções de voto e também foram sabatinados pela Veja.
Em alta
Com 11 pontos porcentuais a mais que o levantamento anterior, Haddad disse que o resultado da pesquisa o coloca "praticamente" no segundo turno. "Foi o maior crescimento da história do Ibope em uma semana. Graças a vocês, à militância, nós praticamente atingimos o patamar de ir para o segundo turno. Mas não temos que ficar olhando só pesquisa porque às vezes está bom, às vezes está ruim. É trabalhar", disse, em ato de rua no bairro de São Mateus, zona leste da capital.
A pesquisa Ibope está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-09678/2018.
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