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Mais de 10 mil veículos saem em carreata em favor de Bolsonaro em Brasília -

Luci Ribeiro

Brasília

30/09/2018 12h14

Apoiadores do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) formam uma grande carreata na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, neste domingo, 30. Cerca de 10 mil a 12 mil veículos participam do ato, segundo estimativa da Polícia Militar do Distrito Federal.

A manifestação começou cedo e pequena, com cerca de 200 pessoas. Agora, a carreata já atrapalha o trânsito na região. Pessoas que passam pelo local são abordadas pelos eleitores de Bolsonaro, que entregam panfletos e cumprimentam quem recebe o material com um gesto que simula uma arma atirando, como o candidato costuma fazer em atos públicos.

O movimento de hoje foi organizado em grupos nas redes sociais. A página de um desses grupos informa que eventos de apoio ao candidato têm sido feitos rotineiramente aos domingos e prosseguirão até o segundo turno, se houver.

Ontem, 29, manifestantes contrários a Bolsonaro lotaram as ruas das capitais, do Distrito Federal e de várias cidades do interior do Brasil. Cidades de outros países também reuniram protestos contra o candidato, dentre elas Lisboa, Paris e Washington. Sob o slogan #EleNão, a campanha foi criada dentro de um grupo no Facebook que reúne 3,8 milhões de mulheres. As lideranças do movimento afirmam que a campanha é para alertar a população sobre as ideias de Bolsonaro, consideradas pelos participantes como "fascistas e machistas".

Intenções de voto.

Capitão da reserva e deputado federal por sete mandatos, Bolsonaro vinha liderando as recentes pesquisas de intenção de voto para o primeiro turno. Hoje, pela primeira vez, o candidato aparece tecnicamente empatado com o presidenciável do PT, Fernando Haddad, conforme os resultados da pesquisa do instituto MDA encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).

O levantamento divulgado neste domingo (30) mostra Bolsonaro com 28,2% das intenções de voto e Haddad com 25,2% da preferência dos entrevistados. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos. Considerando essa margem, Bolsonaro pode ter entre 26% e 30,4%. Já Haddad pode ter entre 23% e 27,4%.