Durante debate, Doria e França disputam legado de Alckmin
Enquanto o atual governador, que tenta a reeleição, tentou capitalizar a queda dos índices de criminalidade e as inaugurações de estações de Metrô nos seis meses em que assumiu o comando do Estado após a renúncia de Alckmin, Doria rebatia dizendo que França se apropriava de programas feitos na gestão do ex-governador. Fez isso também com o Leve Leite e o Bom Prato. "Você está inaugurando linhas que foram executadas pelo governo Geraldo Alckmin", disse.
Apesar das inúmeras citações a Alckmin, o ex-prefeito voltou a explorar seu apoio ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), citado quatro vezes por ele ao longo do debate, e tentou vincular França ao PT e aos movimentos de esquerda que declararam apoio à candidatura do governador. "Sou contra a esquerda e, por isso, sou Jair Bolsonaro em São Paulo", afirmou Doria.
Numericamente atrás nas pesquisas de intenção de voto, que apontam empate técnico dentro da margem de erro, França iniciou as críticas a Doria, que repetiu o pedido feito no debate anterior para discutirem propostas. Logo em sua primeira pergunta, o governador explorou o fato de estar ganhando do tucano na capital. "Você não acha que alguma coisa deu errado aqui?" "Eu quero falar de propostas", despistou Doria.
Fake news
Doria acusou um aliado de França, o vereador da capital Camilo Cristófaro (PSB), de divulgar fake news contra ele, inclusive, de "disseminar" nas redes sociais vídeo íntimo atribuído a Doria. Cristófaro publicou um vídeo ao lado de um perito dizendo que não havia montagem na gravação, como afirma uma perícia contratada pelo tucano. Após o debate, Doria disse que irá processá-lo. França, por sua vez, disse que o vereador era aliado de Doria na Prefeitura. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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