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Transição começou no momento em que foi proclamado o resultado, diz Padilha

Julia Lindner e Tânia Monteiro

Brasília

29/10/2018 17h20

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), coordenador da campanha de Jair Bolsonaro (PSL), deve vir a Brasília na próxima quarta-feira, 31, para tratar da sucessão presidencial e indicar os primeiros nomes da equipe de transição, que vai trabalhar no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) até o início do ano que vem. Os membros da equipe de transição devem tomar posse dois dias após serem indicados e ficam no cargo de forma temporária até 10 dias após a posse do novo presidente da República. Antes de assumir, passarão pelo crivo da área jurídica do Palácio do Planalto, que vai verificar se existe algum tipo de impedimento para nomeação em cargo público.

Segundo Padilha, "tudo indica" que Onyx será escolhido por Bolsonaro como o coordenador da equipe de transição. Tecnicamente, o cargo possui o salário mais alto do grupo formado por 50 pessoas, no valor de R$ 16.581,49. Mas, como não é permitido acumular salários, Onyx receberia apenas a remuneração de deputado federal de R$ 33.763. O salário inicial da equipe é de R$ 2.585,13.

Embora o processo de transição não tenha começado na prática, Padilha destacou que tecnicamente esta etapa teve início a partir do resultado do segundo turno da eleição, e que o Planalto já organiza os preparativos e a coleta de dados dos ministérios há mais de 20 dias.

Ele disse ainda que o CCBB está pronto para receber a equipe de transição, assim que ela for indicada. "O espaço para a transição já está perfeitamente instalado com móveis, computadores, recepção de prédio, segurança da Polícia Federal", disse. Padilha não descartou a possibilidade de a Força Nacional também reforçar a segurança do prédio.

No local, estão disponíveis 22 gabinetes para a equipe de transição, incluindo as duas salas especiais para o presidente e vice-presidente eleitos, que possuem áreas reservadas. Também serão oferecidas 78 posições de trabalho.

Ontem, em pronunciamento, o presidente Michel Temer disponibilizou a Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência da República, para Bolsonaro utilizar durante o período de transição. Hoje, Padilha disse que Bolsonaro ainda não respondeu se aceitará o convite.