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Presidente eleito tem votação recorde em SP

Caio Sartori e Renato Vasconcelos, especial para AE

São Paulo

31/10/2018 09h43

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), teve o melhor desempenho da história para um candidato em segundo turno em São Paulo. Ao obter 68% dos votos válidos, ele superou os 64,3% de Aécio Neves em 2014. Com 33 milhões de eleitores, o Estado é o maior colégio eleitoral do País.

Os dois presidenciáveis que obtiveram melhor resultado em segundo turno não têm São Paulo como berço político. Enquanto Aécio é mineiro, o paulista Bolsonaro tem o Rio de Janeiro como reduto eleitoral. Antes deles, o melhor desempenho havia sido o de Fernando Collor em 1989, com 58%. Em 2002, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou com 55,4%. Depois, em ordem cronológica, vieram Geraldo Alckmin, com 52,3%, e José Serra, com 54,1%. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso conquistou as eleições de 1994 e 1998 em primeiro turno.

Na capital paulista, onde Haddad foi prefeito, Bolsonaro ficou com 60,4%. A maior concentração de votos em favor do deputado do PSL se deu nas regiões mais centrais da cidade. À medida que as zonas eleitorais se afastam do centro, a votação do petista cresce. Ele só venceu, porém, em seis zonas eleitorais, sendo cinco no extremo sul da cidade e uma na zona leste, redutos históricos do PT.

Apesar do porcentual superlativo, Bolsonaro não venceu em todos os municípios de São Paulo. Haddad se saiu melhor em 13 cidades. O único Estado em que o candidato do PSL ganhou em todas as cidades foi Rondônia. Haddad, por sua vez, conquistou a totalidade no Ceará, no Piauí e em Sergipe.

Bolsonaro ganhou em locais populosos e decisivos, como Minas e Rio, seu berço político. Depois de ter o maior porcentual da História de um primeiro turno na capital, com 59,8% - superando o ex-governador Leonel Brizola, do PDT, que teve 52% em 1989 -, Bolsonaro venceu em quase todas as cidades fluminenses, que compõem o terceiro maior colégio do País. O então candidato do PSL perdeu apenas em três municípios do Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.