'Esses fatos têm de ser esclarecidos', diz Moro sobre relatório do Coaf
Breno Pires
Brasília
10/12/2018 14h43
"O presidente já prestou alguns esclarecimentos. Têm outras pessoas que precisam prestar seus esclarecimentos. Os fatos, se não forem esclarecidos, têm de ser apurados", afirmou o futuro ministro do governo Bolsonaro.
Moro disse, no entanto, que não tem "esse papel" de comentar ou de interferir em casos específicos.
"O ministro da Justiça não é uma pessoa para ficar interferindo em casos concretos", afirmou.
"Vou colocar uma coisa bem simples. Fui nomeado para ministro da Justiça. Não cabe a mim dar explicações sobre isso. Eu acho que o que existia no passado de um ministro da Justiça opinar sobre casos concretos é inapropriado", disse.
Moro também defendeu a aprovação de uma proposta de emenda constitucional (PEC) que acaba com o foro privilegiado. Segundo ele, a proposta está em discussão no Congresso nesta semana.
A informação de que um relatório do Coaf implicou o policial militar Fabricio Queiroz, ex-assessor parlamentar de Flavio Bolsonaro, foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo quinta-feira passada. O jornal informou também o repasse de R$ 24 mil à conta da esposa de Bolsonaro, Michelle.