Prefeitura vê risco de epidemia e decreta emergência por dengue no interior de SP
O número elevado de casos de dengue e o risco de epidemia levaram a prefeitura a decretar situação de emergência, nesta quarta-feira, 13, em Agudos, interior de São Paulo. O decreto determina um prazo até 5 de março para que os proprietários de terrenos façam a limpeza dos imóveis. "Após essa data, o poder público vai se responsabilizar pela limpeza, mas irá multar os proprietários", informou a prefeitura. A multa é de R$ 1 por m2, mas dobra em caso de reincidência.
A cidade de 37 mil habitantes já registrou 370 casos da doença este ano. Na epidemia de 2015, houve 900 casos na cidade Os mutirões de coleta de resíduos foram intensificados, porém, segundo o prefeito Altair Francisco Silva (PRB), muitos munícipes não fizeram a sua parte. "Isso reduziu a eficiência do serviço e gerou um duplo trabalho para as equipes, atrasando o cronograma. Vamos agir com firmeza para trazer segurança e saúde para todos", disse.
Todo o material juntado nas casas será coletado até o dia 10 de março. O prefeito não descarta pedir empréstimo de caminhões e máquinas a empresas e municípios vizinhos. Equipes estão realizado a nebulização dos bairros onde foram registrados casos de dengue. O objetivo é eliminar o mosquito transmissor e evitar novas transmissões. Pacientes com sintomas de dengue passaram a ter prioridade no atendimento em todas as unidades de saúde do município.
Agudos é a quarta cidade do interior de São Paulo a decretar situação de emergência em razão dos casos de dengue. A mesma medida já foi adotada pelas prefeituras de Andradina, Bauru e São Joaquim da Barra, todas com elevado número de casos. Em São Joaquim da Barra, com três mortes suspeitas e uma confirmada pela doença, foi decretado também estado de calamidade pública.
Crime
Em Palestina, na região norte do Estado, o Ministério Público Estadual abriu inquérito contra 34 moradores por terem negado a entrada de agentes de saúde em seus imóveis durante ações para eliminar criadouros do mosquito da dengue. De acordo com o promotor Gustavo Miyazaki, quem mantém criadouros do Aedes aegypti está expondo ao risco a vida ou a saúde de outras pessoas, o que configura crime, com pena prevista de três meses a um ano de prisão.
O inquérito também cobra ações da prefeitura no combate ao mosquito. O município informou que todas as medidas recomendadas estão sendo adotadas. A cidade de 11 mil habitantes está entre as de maior incidência de dengue no Estado, com 184 casos confirmados e outros 622 suspeitos, somente este ano.
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