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Prefeitura de SP quer fazer monitoramento eletrônico de pontes

Bruno Ribeiro

São Paulo

26/02/2019 07h50

A Prefeitura de São Paulo deve publicar dentro de 30 dias um edital de chamamento público para receber projetos de um sistema de monitoramento eletrônico de pontes e viadutos da cidade, ainda em meio às ações para melhorar o controle dessas estruturas, iniciadas após o desabamento de parte do viaduto da Marginal do Pinheiros, em novembro.

O edital deverá credenciar empresas que já se apresentaram à Prefeitura oferecendo essa tecnologia, que será testada antes de a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) decidir por adotá-la. O secretário municipal de Obras, Vitor Aly, comentou a proposta nesta segunda-feira, 25, durante uma mesa redonda que discutiu a manutenção de obras de arte (como pontes e viadutos são chamados na engenharia), na Universidade de São Paulo (USP).

"A gente precisa avançar na questão da gestão", disse o secretário, ao dizer que já havia sido procurado por empresários alemães, franceses e italianos dispostos a repassar tecnologias para esses monitoramentos. Os sensores conseguem captar movimentos inesperados ou pesos excessivos nas estruturas, emitindo alertas para computadores da Prefeitura.

"Estamos ainda entendendo qual será o programa de gestão. O que vamos deixar (de legado)", disse ele. O chamamento será feito para inscrever essas empresas formalmente na cidade e permitir que operem. "Se vão ser três, duas, uma (ponte), depende de cada empresa, da capacidade dela", disse Aly. Se o monitoramento se mostrar eficiente, a ideia é que seja feita uma licitação regular para a compra desses sistemas.

As discussões na mesa redonda ficaram em torno de como o setor da engenharia deve organizar a manutenção preventiva das estruturas viárias (e outras obras) do País, e contou com representantes de associações de classe da engenharia e professores da USP.

Segurança

Aly comentou a aproximação dos grupos estrangeiros enquanto contou bastidores das obras de recuperação do viaduto da Marginal. Relatou que após uma vistoria do IPT no local os operários ficaram com medo de que a estrutura desmoronasse. Isso fez com que ele e outros executivos da Prefeitura ficassem embaixo da estrutura, com os operários, para que se sentissem seguros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.