Lava Jato 67 mira multi que pagava 2% de propinas em cada contrato com Petrobras
Foi determinado o bloqueio de bens no valor de R$ 1,7 bilhão dos investigados. Os investigadores acreditam que as propinas pagas correspondiam a 2% do valor de cada contrato, o que pode ter gerado o pagamento de R$ 60 milhões em propina.
Cerca de cem agentes cumprem 23 mandados de busca e apreensão no Estado de São Paulo, nas cidades de São Paulo, Campinas e Barueri; no Estado do Rio, nas cidades de Rio de Janeiro, Petrópolis, Niterói e Angra dos Reis; e no Paraná, na cidade de Matinhos. Os mandados foram expedidos pela 13ª. Vara Federal de Curitiba.
Os investigadores apuram se o grupo empresarial repassava valores via empresas offshore a ex-diretores e ex-gerentes da Petrobras, mediante a celebração de contratos fraudulentos de assessoria/consultoria.
Segundo os investigadores, um dos ex-diretores da estatal teria recebido, entre 2008 e 2013, US$ 9,4 milhões. A propina foi paga mesmo após ele ter deixado o quadro da empresa em 2012.
São investigados ainda, por corrupção, os próprios ex-funcionários beneficiários das propinas, e, por lavagem dinheiro, seus intermediários, incluindo duas empresas de consultoria.
"O Clube" ficou constituído por nove grupos empresariais até 2006. São eles Odebrecht, Setal-SOG, UTC, Camargo Correa, Techint, Andrade Gutierrez, Mendes Júnior, Promon e MPE. Posteriormente, o grupo percebeu que era necessário permitir a entrada de outras empresas, uma vez que grandes empreiteiras brasileiras estavam de fora e isso ainda permitia certa concorrência nas licitações.
Defesas
A reportagem busca contato com o grupo empresarial Techint e com a Petrobras. O espaço está aberto para as manifestações das empresas.
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