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Bolsonaro diz ter hérnia e que pode fazer nova inspeção de saúde em fevereiro

Bolsonaro deixa Palácio da Alvorada, em Brasília, para cumprir agenda oficial - ADRIANO MACHADO
Bolsonaro deixa Palácio da Alvorada, em Brasília, para cumprir agenda oficial Imagem: ADRIANO MACHADO

Emilly Behnke

Brasília

03/01/2020 10h02

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 2, que têm um hérnia no abdômen. "Estou grávido. Tem uma dilatação acontecendo e talvez em fevereiro eu faça uma inspeção de saúde", disse. A declaração foi dada em conversa com a imprensa no Hospital DF Star, após visita à primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que passou por cirurgia para troca de próteses de silicone na mama e de correção de afastamento de músculos do abdômen.

"É a idade da gente. Eu tenho 64 anos, foram quatro cirurgias, em que foi aberto todo o abdômen. Por duas vezes colocaram tudo para fora. Foi um negócio extremamente grave", explicou.

Segundo o médico cirurgião Régis Ramos, que realizou as cirurgias da primeira-dama, o presidente apresenta uma hérnia lateral, que causa "certo desconforto de vez em quando". Bolsonaro mencionou ainda ter passado por problemas de saúde recentes. "Há 40 dias eu tive uma crise, um problema numa alça, e resolveu tudo sozinho", disse.

O presidente destacou que a dilatação no abdômen não é uma questão de estética. "Agravou com a facada. Eu fazia certos esportes, agora só na piscina", comentou.

Na conversa com a imprensa no saguão do hospital, Bolsonaro falou ainda dos seus últimos dias de 2019, mas não entrou em detalhes sobre sua volta antecipada para a capital federal. O presidente adiantou o retorno para Brasília para o dia 31 de dezembro para passar o réveillon com a esposa. A previsão inicial era que Bolsonaro só voltasse no dia 5 de janeiro.

"Quando eu cheguei na Bahia, enfrentei quatro pepinos. Eu consegui resolver lá na Bahia. Foi um dos piores dias do ano da minha vida foi quando cheguei na Bahia. Problemas nacionais, não vou entrar em detalhes", disse. Sobre as atividades dos próximos dias, o chefe do Executivo comentou sobre sanções em vista de vencer, incluindo o fundo eleitoral. "Tem sanções que vencem, meia dúzia, não vou deixar para última hora. É o prazo necessário. O veto às vezes é importantíssimo. Por vezes o Parlamento, eu como integrei o Parlamento, torcia para que algo fosse vetado porque nós votamos, é o jogo democrático e é a maneira de fazer leis no Brasil", disse.

O presidente aproveitou para dizer que fará uso de todo o prazo para analisar o fundo eleitoral de R$ 2 bilhões para eleições municipais. "Eu tenho o prazo. Se deixar para o último dia, eu vou estar na Índia. Se for deixar para o último dia, o Mourão que vai decidir. Mas, o Mourão não. A responsabilidade é minha não vou passar para ele agora", finalizou.