Kassab diz não ver 'a menor chance' de Alckmin ser vice de Lula pelo PSD
Ao analisar a possível chapa Lula-Alckmin, o presidente do PSD se posicionou contra as coligações nas eleições majoritárias. "Eu sou contra a coligação nas eleições. Trabalhei para que a gente acabasse com as coligações nas eleições proporcionais. E se a gente tivesse acabado com as coligações nas eleições majoritárias, a gente não estaria vivendo esse processo. Nós estaríamos discutindo propostas de governo, compromisso com a nação", disse.
Para Kassab, o foco das discussões agora deveria ser o aumento do distanciamento social causado pela pandemia. "É isso que a gente precisava ficar discutindo, não discutindo se vão apoiar fulano ou sicrano. Não é isso que o brasileiro quer saber, ele quer saber quando nós vamos melhorar o Brasil", complementou.
Tanto o partido quanto Kassab esperam a confirmação do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), sobre sua candidatura à Presidência da República pelo partido.
Na última pesquisa Ipespe, divulgada em 14 de janeiro, Pacheco aparece com 1% das intenções de voto, ao lado de Simone Tebet (MDB) e Luiz Felipe d'Ávila (Novo), com as mesmas porcentagens. A pesquisa aponta Lula com 44%, seguido por Jair Bolsonaro (24%), Sérgio Moro (9%), Ciro Gomes (7%) e João Doria (2%). A margem de erro é de 3,2 pontos porcentuais para mais ou para menos.
Kassab diz não ver o resultado da pesquisa como um problema. "Na minha campanha para eleição para prefeito de São Paulo, no mês de junho, eu tinha 3%, e eu ganhei as eleições do Geraldo Alckmin e da Marta Suplicy. Hoje, com os meios de comunicação ágeis, com as redes sociais, nós conseguimos mandar uma mensagem,uma proposta a todo o Brasil em um espaço muito curto de tempo", disse.
Futuro
Para a próxima legislatura, o presidente do PSD afirmou que será contrário à permanência das emendas do relator, que deram origem ao esquema Orçamento Secreto, divulgado pelo jornal O Estado de S. Paulo.
"Como é que pode você, como brasileiro, aceitar que o Congresso invista, gaste, mais de R$ 16 bilhões, no tal do orçamento secreto, que não tem nenhuma vinculação com o planejamento, o desenvolvimento do país? Alguma coisa está errada", disse ele.
Além do orçamento secreto, o presidente do PSD afirmou que trabalhará pelo fim da coligação majoritária.
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