Em carta, Arthur do Val pede para não ser cassado e diz que não tentará reeleição
Na carta, do Val pede desculpas pelos áudios, afirma ter sido "machista, desrespeitoso e imaturo" e diz aceitar sofrer uma punição, mas discorda que mereça ter o mandato cassado por quebra de decoro. "Peço encarecidamente que considere a ausência de dolo e de dano a terceiros na dosimetria da pena. Se de um lado a punição é necessária, a cassação se faz excessiva", escreveu.
O deputado pediu ainda serenidade aos parlamentares para aplicar o que chamou de "uma pena justa". Apesar de afirmar que "envergonhou o nome" da Alesp, disse que há uma comoção midiática efêmera na abertura do processo de cassação.
Na Alesp, ao menos 38 parlamentares entraram com pedidos de punição ao deputado em 16 representações individuais e coletivas.
De acordo com a deputada Maria Lúcia Amary (PSDB-SP), presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Alesp, as possíveis sanções ao deputado são advertência, censura verbal ou escrita, perda temporária do mandato ou até perda efetiva do cargo.
O Conselho se reunirá nesta quarta-feira, 9, para apurar como serão encaminhadas as representações. O prazo para a resolução será de 30 dias, de acordo com o regimento. "É importante que a gente dê uma resposta à sociedade" defendeu a deputada.
Mais cedo, Arthur do Val também pediu sua desfiliação do Podemos, partido que migrou junto a lideranças do Movimento Brasil Livre.
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