Requião vai se filiar ao PT, apoiar Lula e disputar governo do PR
Em vídeo publicado nas redes sociais, o ex-governador mencionou o preço dos combustíveis para justificar sua oposição ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo Requião, a situação econômica do País chegou ao "limite do que uma pessoa sã pode tolerar". "Eu acredito firmemente que o Lula, com um programa bem definido e factível, sem extremismos, (...) terá sucesso na campanha presidencial", afirmou.
"Aqui no Paraná, levo à frente a minha pré-candidatura ao governo do Estado para pôr ordem na casa e acabar com os erros todos", completou. O ex-governador passou toda a sua carreira política no MDB, partido pelo qual se elegeu para três mandatos. Ele também já foi senador duas vezes pela mesma legenda.
Com a filiação de Requião ao partido de Lula, as peças começam a se organizar no jogo eleitoral paranaense para este ano. A disputa no Estado promete ser acirrada, e, no momento, está tripartida: de um lado, Bolsonaro poderá contar com o apoio do atual governador, um de seus poucos aliados nos governos estaduais; de outro, o PT terá o ex-governador, que já foi eleito três vezes no Estado; por fim, Sérgio Moro (Podemos) deve explorar o fato de o Paraná ser seu Estado natal - ele nasceu no município de Maringá.
A disputa no Paraná também será marcada pela tentativa de conciliação entre planos estaduais e nacionais do PSD. A nível estadual, o governo de Ratinho Jr conta com o Podemos, partido do presidenciável Sérgio Moro, em sua base de apoio. O governador, contudo, pretende estar no palanque de Bolsonaro, que é do PL. Mas vale frisar que o próprio PSD também se prepara para ter um pré-candidato ao Planalto. Após a desistência do senador Rodrigo Pacheco (MG), a sigla tenta tirar o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, do PSDB para que ele a represente na corrida presidencial.
Segundo Requião, seu ato de filiação ao Partido dos Trabalhadores deve ocorrer na próxima sexta-feira, 18.
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