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Luiza Trajano sobre descartar candidatura mais uma vez: 'Foi difícil dizer não ao Brasil'

Retrato da empresaria Luiza Trajano em seu apartamento no bairro Jardim Paulista, em SãoPaulo - Eduardo Knapp/Folhapress
Retrato da empresaria Luiza Trajano em seu apartamento no bairro Jardim Paulista, em SãoPaulo Imagem: Eduardo Knapp/Folhapress

Adriana Ferraz

Do Estadão Conteúdo

29/04/2022 18h03Atualizada em 29/04/2022 18h19

A empresária Luiza Trajano, fundadora da Magazine Luiza, anunciou nesta sexta, 29, em São Paulo, que o grupo criado por ela — Mulheres pelo Brasil — vai apoiar candidatas ao Legislativo que se comprometam com premissas definidas pelo movimento em diversas áreas, como saúde, educação, sustentabilidade, direitos humanos e defesa da democracia. Em evento em São Paulo, ela ainda confirmou que não será candidata. "Sei que muita gente acha ruim, que muita gente torceu. Eu sofri muita pressão e foi muito difícil dizer não ao Brasil formalmente", disse.

Segundo Luiza, sua intenção nas eleições deste ano é incentivar a participação feminina na política por meio da campanha "Pula pra 50", que tem como meta ocupar metade das vagas do Congresso Nacional pelo voto e não por meio de uma reserva oficial, já que essa possibilidade acabou ficando de fora das mudanças aprovadas na minirreforma eleitoral, ano passado. "Chegou a nossa vez", disse.

Para alcançar o objetivo da campanha, Luiza explicou que o Mulheres pelo Brasil não vai barrar nenhum partido. "Somos apartidárias. Mas vamos acompanhar essa adesão às nossas premissas", afirmou a empresária, durante evento promovido pelo Conecta, entidade da sociedade civil que forma lideranças femininas.

Ao Estadão, a empresária disse ter tido dificuldades para se filiar a algum partido político - a janela partidária se encerrou no início do mês. "Não me filiei, mas vou participar (das eleições) com o meu grupo. Não estou dizendo então não ao Brasil. É a força política que muda o País e o Mulheres pelo Brasil hoje é o maior grupo político do Brasil". Segundo ela, são 105 mil mulheres participantes.

Questionada sobre sua posição política, a empresária se disse progressista, mas afirmou que não apoiará nenhum candidato à Presidência da República desse ou de qualquer outro campo. De acordo com Luiza, as mulheres que assinarem os compromissos com o grupo terão seus nomes divulgados ao eleitorado por Estado como forma de incentivar o voto nelas.